Leonardo teve seu nome incluído na 'lista suja' do MTE por causa das condições de alojamento dos funcionários de sua fazenda arrendada, que viveriam em condições análogas à escravidão.
Um relatório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revelou as condições dos alojamentos de funcionários de uma fazenda arrendada pelo cantor Leonardo para outra pessoa. Inserido na "lista suja" do MTE na última segunda-feira, 7, o artista disse estar 'surpreso' e 'triste'.
Entre os seis trabalhadores resgatados estava um adolescente de 17 anos. Todos viveriam em condições análogas à escravidão, aponta o documento. Eles dormiam em locais precários e com camas improvisadas, além de não haver banheiros.
Leonardo passou a constar na lista do MTE após o órgão realizar fiscalização na fazenda Talismã e Lakanka, em Jussara (GO), região noroeste de Goiás.
“A casa é muito ruim e está cheirando muito mal. Há muito morcego no alojamento. As formigas e cupins andam por cima dos empregados enquanto estão deitados. Também já vi escorpião e lacraia dentro do alojamento e tenho medo de sair à noite, devido a existência de muitos animais”, relatou o funcionário à época, em trecho divulgado pelo g1.
Leonardo se pronuncia
Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, Leonardo disse estar "triste e surpreso" com a inclusão na lista do MTE. "Não conheço quem estava lá naquelas casinhas, nem quem os colocou lá, porque, gente, eu já plantei tomate. Eu sei como é a vida, é difícil, e do fundo do meu coração, jamais faria algo assim, entenderam? (...) “Eu não me misturo nessa lista que eles fizeram de trabalho escravo, sou totalmente contra esse tipo de coisa", concluiu o cantor.
Além do pronunciamento nas redes sociais, Leonardo pagou R$ 225 mil em indenizações aos seis trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão.