A ida para o trabalho nesta sexta-feira (18) não foi das melhores para o belorizontino que precisava chegar ao centro comercial e da região da Pampulha, na capital mineira. Nas ruas, estudantes pararam o trânsito em pelo menos seis importantes pontos e de intenso tráfego de veículos em Belo Horizonte. Houve confronto com a PM na porta da UFMG e estudantes ficaram feridos, atingidos por balas de borracha.
Para quem pretendia chegar ao centro e precisava chegar ao destino pelas avenidas Antônio Carlos e Carlos Luz, a paciência precisava ser maior do que a habitual. Na Avenida Antônio Carlos foi onde ocorreu o registro mais grave da manifestação.
O sentido da via que levava ao centro foi totalmente ocupada pelos estudantes e, para liberar o trânsito, policiais atiraram balas de borracha e de efeito moral. Fotos de estudantes feridos foram publicadas no perfil de rede social da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande BH (Ames-BH).
Os estudantes secundaristas não aceitam a aprovação da PEC-55. A proposta foi apresentada pelo presidente Michel Temer como a única forma de reequilibrar as contas públicas e ajudar a tirar o Brasil da "crise". Outros protestos organizados pela Ames-BH estão marcados para a próxima semana.
Além dos estudantes, outra categoria que também se posicionou contrária a proposta do governo foi a dos professores da Universidade Federal de Minas Gerais. Na quarta-feira (16), o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco decidiu pela paralisação dos trabalhos até a votação da PEC pelos senadores.
A condição imposta para a retomada das atividades é a mesma dos grupos de estudantes que ocupam há quase um mês a PUC-Minas, as Universidades Federais de Ouro Preto, Juiz de Fora, o Cefet-MG e mais de 80 escolas estaduais.
Em post publicado no Facebook, o governador Fernando Pimentel disse respeitar o direito de manifestação e irá investigar possíveis excessos.
Confira a íntegra:
"A propósito do lamentável fato ocorrido nesta manhã, no Campus da Pampulha UFMG, quero aqui ratificar o mais profundo respeito à liberdade de manifestação dentro dos princípios democráticos e dos ordenamentos legais, orientação que sempre pautou este governo. Os excessos de procedimento que porventura possam ter ocorrido nesse episódio serão devidamente apurados, com divulgação à sociedade".
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