O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, declarou que o apagão ocorrido na manhã de hoje, 15, foi um "evento de grande porte". Segundo ele, o corte de energia representou cerca de 25% da carga total do sistema e até às 10h25 ainda não tinha sido completamente normalizado.
"Neste momento, estamos tendo um problema de suprimento nas regiões Norte e Nordeste do Brasil (...) O Ministério de Energia já comunicou às agências e demais agentes que instituirá um grupo para analisar e estudar as causas desse evento, que é um evento de grande porte", disse.
O apagão afetou principalmente as regiões Norte e Nordeste, mas também teve impacto em algumas áreas das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. A falta de energia ocorreu por volta das 8h23 e o restabelecimento do fornecimento, segundo Feitosa, começou por volta das 8h40.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a entidade encarregada de gerenciar o fornecimento de energia no país, um incidente na rede de operação do Sistema Interligado Nacional resultou na interrupção de 16 mil MW de carga. O órgão relatou ainda que até às 9h16, já havia conseguido recompor 6 mil MW do fornecimento de energia.
Entenda
Segundo internautas, o apagão nacional atingiu o Distrito Federal e os seguintes estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins. Até o momento, Roraima foi o único estado que não relatou falhas elétricas.
Em alguns lugares, a luz acabou por cerca de 30 minutos, em outros, menos. No Pará, por exemplo, moradores afirmam que a luz demorou ainda mais para voltar.
Há relatos de que o apagão afetou as linhas de metrôs em Belo Horizonte, Salvador, Recife e São Paulo. Já moradores de Teresina e Belém relataram problemas nos semáforos. Estudantes de várias cidades também usaram as redes sociais para mostrar o transtorno que a falta de luz causou nas escolas.
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