O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa confirmou que deseja participar da deleção premiada, após sofrer uma série de acusações como réu da Operação Lava Jato, que investiga corrupção em negócios da estatal. Segundo o jornal o Estado de S.Paulo, Costa considera que não tem a menor chance de sair da prisão tão cedo e deseja preservar a família que também se tornou alvo da ação da Polícia Federal.
A Polícia Federal do Paraná e a Procuradoria da República, responsáveis pelas investigações, ainda não fizeram nenhum acordo com o ex-diretor que está preso na sede da Superintendência Regional da PF em Curitiba, capital do Paraná. A decisão surgiu horas depois da Operação Lava Jato chegar a sua quinta fase. Nela, foram vasculhados endereços de 13 empresas de consultoria, gestão e assessoria, todas ligadas a uma filha de Costa, Ariana Azevedo Costa Bachmann, ao genro, Humberto Sampaio Mesquita, e a um amigo, Marcelo Barboza.
Em nota enviada ao jornal, a advogada de Paulo Roberto Costa, Beatriz Catta Preta – especialista na condução de delações premiadas – afirmou que assumiu o caso na última sexta-feira e que o acordo é um dos “caminhos possíveis”. Ela atuou em outros oito casos similares com sucesso. Ao trocar informações os acusados ganhavam o perdão ou redução da pena. O caso mais famoso é o do investidor Lúcio Bolonha Funaro, durante o processo do Mensalão. Se falar, o ex-diretor da Petrobras entre 2004 e 2012 pode incriminar até políticos, uma vez que teve contato com parlamentares, empreiteiros e com o doleiro Alberto Youssef, mentor da Lava Jato, segundo a PF.