Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) passaram nesta terça-feira a apoiar o trabalho dos quase 200 bombeiros que tentam controlar o grande incêndio que há seis dias atinge um depósito de combustíveis e produtos químicos no porto de Santos, no litoral de São Paulo.
A presidente Dilma Rousseff determinou que homens e equipamentos da FAB e da empresa estatal de administração aeroportuária Infraero passassem a integrar o grupo que combate as intensas chamas no terminal portuário.
A primeira aeronave da FAB começou hoje a espalhar um pó químico importado da Alemanha, semelhante ao dos extintores, para ajudar a diminuir a intensidade do incêndio, que já consumiu sete tanques, dois deles ainda em chamas.
Dez canhões, com capacidade para enviar 75 mil litros de água por minuto e abastecidos por sete embarcações que a extraem do mar, entraram também em operação nesse sexto dia de incêndio.
O Corpo de Bombeiros indicou que passou a dar mais prioridade ao resfriamento dos 21 tanques próximos do que ao próprio controle das chamas, para evitar mais explosões e a propagação do incêndio para todo o parque de armazenamento.
Ontem as autoridades locais decidiram bloquear por quatro dias o acesso de veículos a um dos terminais do porto, o que provocou o caos na rodovia Anchieta, onde milhares de caminhões estão parados.
O primeiro tanque que pegou fogo na quinta-feira, propriedade da empresa Ultracargo, armazenava três milhões de litros de diesel e os outros afetados, também da mesma companhia, tinham gasolina e etanol, além de alguns produtos químicos.