Famosos lamentam a morte de Jô Soares: "Teus ensinamentos e risada ficam"

Humorista faleceu na madrugada desta sexta-feira, 5, aos 84 anos, em São Paulo

5 ago 2022 - 08h03
(atualizado às 14h49)
Jô Soares morreu nesta sexta-feira, 5, aos 84 anos
Jô Soares morreu nesta sexta-feira, 5, aos 84 anos
Foto: TV Globo / Zé Paulo Cardeal / TV Globo/Zé Paulo Cardeal

Famosos lamentaram a morte de Jô Soares nas redes sociais. O apresentador, escritor e humorista morreu nesta sexta-feira, 5, aos 84 anos.

Jô estava internado no ospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o fim de julho. A causa da morte ainda não foi divulgada. 

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Confira as homenagens feitas para Jô Soares:

Adriane Galisteu

Ana Maria Braga

Zélia Duncan

Thiaguinho

Barbara Paz

Pelé

Tatá Werneck

Cláudia Abreu

Zezé Di Camargo

Lilia Cabral

Patrícia Poeta

Zeca Camargo

A história de Jô Soares

José Eugênio Soares nasceu em 16 de janeiro de 1938. Ele estudou em Lausanne, na Suíça. Pensava em ser diplomata e aprendeu várias línguas, o que lhe deu sólida formação cultural e intelectual. Viu televisão pela primeira vez em 1952, nos Estados Unidos, e começou a trabalhar no veículo seis anos depois, aos 20, escrevendo e atuando nas peças policiais de TV Mistério, programa da TV Rio protagonizado por Paulo Autran, Tônia Carrero e Adolfo Celi.

Mas só seria apresentado ao público como comediante pouco tempo depois, na TV Continental, e a capacidade de fazer rir o levaria a todos os canais de TV do Rio de Janeiro na época. Em 1960, substituiria José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, a convite do próprio, na redação do Simonetti Show, da TV Excelsior.

Já na Record, em 1966, escrevia e atuava no lendário Família Trapo, sitcom que depois inspiraria tantas outras e faria a glória de Ronald Golias, Renata Fronzi, Renato Corte Real e Zeloni, além do próprio Jô. Depois de ensaiar por algumas vezes sua saída da Record, Jô estrearia na Globo em 1970.

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"Eu queria um programa de humor com uma nova cara", relata Boni, ex-chefão da emissora, em seu livro de memórias, O Livro do Boni. E continua: "Tinha um nome pronto na cabeça: 'Faça Humor, não faça a guerrra'. Havíamos contratado também o Renato Corte Real e o incluímos no projeto. As reuniões se sucederam com o Augusto César Vanucci, o Jô, o Renato, o Haroldo Barbosa, o Max Nunes e o João Lorêdo."

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O horário era o das noites de sexta, na vaga que antes cabia a Dercy Gonçalves. E, se Dercy alcançava, naquela época, 60% dos lares com televisão, Jô bateu nos 70% e Boni foi celebrado até pelo patrão, Roberto Marinho. Faça Humor, não Faça a Guerra ficou por três anos no ar e foi substituído por Satiricom, que durou mais três anos, sucedida por Planeta dos Homens, que seguiu liderando a audiência pelos cinco anos seguintes.

Foi em 1981, ainda segundo o próprio Boni, que Jô sugeriu que já fosse hora de ter um programa todo seu. Nasceu daí o Viva o Gordo, que lançou personagens lendários, alguns deles atuais mesmo hoje. Com maquiagem e figurino a caráter, Jô fez barulho como o Capitão Gay e Norminha, entre outros. 

Entre idas e vindas da Globo, Jô voltou para a emissora de vez em 2000, com o talk show que tinha no SBT, mas com estrutura melhor de cenário e equipe. Levou com ele seu quinteto, que anos depois se tornaria sexteto, os diretores Diléa Frate e Willen Van Verelt, e, de novo, Max Nunes, amigo que perdeu em junho (2014).

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Desde sempre, sua trajetória televisiva foi acompanhada de expediente permanente no teatro, dirigindo outros ou, durante um bom tempo, montando seus próprios espetáculos, precursores que foram - no caso dele e de Chico Anysio - dos chamados stand up de hoje. 

Também se debruçou sobre a produção literária, ao criar livros como O Astronauta Sem Regine, O Xangô de Baker Street!, que virou filme, O Homem que Matou Getúlio Vargas e Assassinato na Academia Brasileira de Letras. Esteve em clássicos do cinema como "O Homem do Sputnik (!959), de Carlos Manga, ao lado de Norma Bengel. 

*Com informações de Estadão Conteúdo.

Fonte: Redação Terra
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