FGV analisará plágio em dissertação de mestrado de ministro

Denúncias apontam que Decotelli copiou parte de trabalho

28 jun 2020 - 13h59
(atualizado às 14h05)

Após mais uma denúncia contra a formação do novo ministro da Educação, Carlos Decotelli, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) publicou uma nota oficial em que afirma que vai averiguar as denúncias de plágio na dissertação do mestrado.

Formação de Carlos Decotelli é novamente questionada
Formação de Carlos Decotelli é novamente questionada
Foto: Arquivo/Marcelo Casal Jr/Agência Brasil / Ansa - Brasil

Segundo a instituição, a "FGV está localizando o professor orientador da dissertação para que ele possa prestar informações acerca do assunto".

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A manifestação ocorre após diversos portais de notícia do Brasil apontarem que ao menos quatro trechos do trabalho "Banrisul: do Proes ao IPO com governança corporativa" serem iguais a outros trabalhos acadêmicos e a relatórios do próprio Banrisul. A tese foi defendida em 2008 durante o mestrado em administração.

Em nota divulgada pelo Ministério da Educação, Decotelli negou que tenha plagiado o trabalho e disse que fará revisão para averiguar "falhas técnicas no texto".

"O ministro refuta as alegações de dolo, informa que o trabalho foi aprovado pela instituição de ensino e que procurou creditar todos os pesquisadores e autores que serviram de referência e cujo conhecimento contribuiu sobremaneira para enriquecer seu trabalho. Informa também que, ainda assim, por respeito ao direito intelectual dos autores e pesquisadores citados, revisará seu trabalho e que, caso sejam identificadas omissões, procurará viabilizar junto à FGV uma solução para promover as devidas correções.", diz a nota oficial.

O caso ocorre após o reitor da Universidade Federal de Rosário, na Argentina, informar que Decotelli não obteve o título de doutor na instituição. Sobre esse assunto, a nota oficial informa que ele cumpriu todos os créditos do doutorado, mas que não apresentou defesa.

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"Ao final do curso, apresentou uma tese de doutorado que, após avaliação preliminar pela banca designada, não teve sua defesa autorizada. Seria necessário, então, alterar a tese e submetê-la novamente à banca. Contudo, fruto de compromissos no Brasil e, principalmente, do esgotamento dos recursos financeiros pessoais, o ministro viu-se compelido a tomar a difícil decisão de regressar ao país sem o título de Doutor em Administração", informou o MEC.

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