Fluxo de passageiros a trabalho será menor na Copa, diz Anac

30 abr 2014 - 16h02
(atualizado às 16h03)

O movimento geral de passageiros nos aeroportos do Brasil durante a Copa do Mundo deverá ser menor que o normal para os meses de junho e julho. A informação foi dada pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys, nesta quarta-feira, aos deputados da Comissão de Viação e Transporte. As informações são da Agência Câmara. 

Segundo Guaranys, isso deve ocorrer por causa da mudança no perfil dos passageiros. "No geral, a gente vai ter um movimento menor do que a gente tem num período normal de junho, por exemplo, onde você tem um tráfego executivo maior, com muitas reuniões de trabalho, muitos profissionais se deslocando pelo País. Então a gente sabe que vai ter uma diminuição deste tráfego executivo e vai ter uma movimentação maior de passageiros-torcedores", ressaltou.

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O diretor-presidente acrescentou que "isso vai gerar uma diminuição do número de passageiros geral, mas um aumento do número de passageiros entre determinadas cidades". "Então, por exemplo, Cuiabá, que é uma cidade que tem um tráfego menor que Guarulhos e Brasília, vai ter um tráfego maior naquele instante."

Da oferta de 11,5 milhões de passagens para a época da Copa, menos de 20% tinham sido vendidas até o dia 17 de abril. Quanto à capacidade de atendimento dos aeroportos mais procurados durante a Copa, Guaranys disse que a agência está organizando slots – as autorizações para pouso e decolagem – de maneira específica para atender as necessidades de 20 aeroportos mais relacionados à Copa: os 12 das cidades-sede e outros oito próximos. Ele ressaltou que a principal função da agência é garantir a segurança dos passageiros.

107 milhões de passageiros em 2012

O presidente da Anac foi convidado pela comissão, a partir de requerimento do deputado Washington Reis (PMDB-RJ), para falar sobre as perspectivas para as atividades da agência no futuro. Guaranys disse que, em 2012, o País transportou 107 milhões de passageiros, um total 189% maior que o verificado em 2003. Ele afirmou, porém, que países desenvolvidos costumam transportar de quatro a cinco vezes o tamanho de sua população por ano. A estimativa para o Brasil é chegar a 211 milhões de passageiros em 2020.

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No País, a popularização do transporte aéreo teve uma virada em 2010, quando o total de viagens interestaduais passou a ser de 52% para a aviação contra 47% para os ônibus. Desde então, o transporte aéreo vem aumentando em relação ao rodoviário. Em relação às tarifas, Guaranys afirmou que, em 2002, apenas 20% das passagens eram vendidas por menos de R$ 300. Em 2013, o percentual subiu para 59%.

Fonte: Terra
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