Os funcionários da fábrica da General Motors (GM) na cidade de São José dos Campos (SP), entraram em greve nesta sexta-feira por tempo indeterminado em repúdio a um plano da firma para demitir 794 empregados.
"A greve é a única forma de impedir estas demissões maciças na GM", disse em comunicado o presidente do Sindicato de Metalúrgicos de São José dois Campos, Antonio Ferreira de Barros.
Na fábrica localizada no interior do estado de São Paulo trabalham cerca de 5,2 mil empregados que produzem dois dos modelos da GM no Brasil.
A empresa, em comunicado, disse que "não foi oficialmente informada pelo sindicato local, como determina a legislação vigente" e expressou sua "surpresa" porque sua proposta, que não especificou na nota, foi "desvirtuada pelo sindicato".
Segundo o sindicato, a empresa apresentou um plano de demissões para empregados depois de um período de 'lay-off' (suspensão de contrato).
Barros informou que os trabalhadores do turno da manhã entraram na fábrica, mas se ficaram de braços cruzados depois de aprovar em assembleia a cessação de atividades.
O dirigente disse que a empresa teria rejeitado uma possível reunião com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, para revisar o plano de demissões.
O setor automotivo no Brasil demitiu 12 mil trabalhadores em 2014.
No mês passado, a Volkswagen tinha decidido demitir 800 trabalhadores de sua fábrica em São Bernardo do Campo, mas deteve seu plano depois de uma greve que durou 10 dias.