Professores, funcionários e alunos da Universidade de São Paulo (USP) fizeram nesta quarta-feira ato público na Praça da Sé para mostrar à população os motivos da greve iniciada em 27 de abril. A mobilização teve também o objetivo de mostrar a situação da educação e da saúde no estado de São Paulo. Trabalhadores das universidades Estadual Paulista (Unesp) e Estadual de Campinas (Unicamp) também participaram do ato na Praça da Sé.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Magno de Carvalho, a política da reitoria das universidades públicas no Estado de São Paulo é pelo arrocho salarial. Carvalho disse que eles constituem a única categoria de trabalhadores brasileiros que não estão recebendo nenhum aumento. "Está havendo um corte para a verba do ensino para pesquisa de 30% e suspensão da contratação de professores e funcionários por tempo indeterminado”, disse ele.
De acordo com Carvalho, os trabalhadores das três universidades pedem 9,78%, mais 3% de reposição salarial de perdas acumuladas ao longo de anos. A greve será mantida por tempo indeterminado até que a reitoria se prontifique a negociar com os trabalhadores. “Queremos negociar, porque não queremos ficar em greve. Mas, sem atendimento mínimo de nossas reivindicações, não poderemos sair da greve”, afirmou Carvalho.