O governo do estado de Minas Gerais informou nesta segunda-feira (9) que embargou as atividades da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela australiana BHP, na região onde aconteceu o acidente que, por enquanto, deixou dois mortos e 25 desaparecidos.
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De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente do governo de Minas, a Samarco não poderá extrair ou processar minério de ferro na mina de Germano, na cidade de Mariana e cujos distritos foram alguns dos mais afetados pela enchente de lodo que aconteceu na última quinta-feira (5) após o rompimento de duas barragens.
O distrito de Bento Rodrigues, que depende administrativamente do município de Mariana, foi praticamente riscado do mapa, pois o deslizamento destruiu 158 de suas 180 casas e os outros 22 imóveis restantes, embora tenham ficado de pé, sofreram numerosos danos.
A Samarco, controlada por duas das maiores mineradoras do mundo, apenas poderá retomar as atividades uma vez que sejam esclarecidas as causas do acidente e se tenha "adotado medidas de compensação pelos danos provocados", segundo a decisão da Secretaria do Meio Ambiente.
Além disso, o Ministério Público de Minas Gerais determinou que a Samarco pague uma compensação de R$ 788 mensais, independentemente das indenizações que sejam aprovadas pela Justiça, a cada uma das famílias afetadas.
Quatro dias depois do acidente, as autoridades prosseguem com a busca de desaparecidos, entre os quais há 12 empregados da Samarco e 13 moradores dos distritos atingidos pela tragédia.
A lista de desaparecidos foi reduzida a 25 após a confirmação da segunda morte e a localização em hotéis da cidade de Mariana, nos quais a mineradora hospedou os afetados, de duas pessoas que eram consideradas como desaparecidas.