Segundo reportagem publicada neste sábado pelo jornal Folha de S. Paulo, o governo do Estado de São Paulo cancelou licitações para construção de 12 centros de detenção provisória (CDPs) no interior. A medida se deu após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) questionar os critérios de cálculo dos custos das unidades. O investimento previsto era de cerca de R$ 640 milhões.
O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) contava com a criação desses CDPs para atingir a meta de zerar o número de presos provisórios em delegacias no interior. De acordo com a publicação, há cerca de 3.730 detentos em delegacias. Para dar conta da meta, seria preciso entregar ao menos quatro CDP.
Entregues, os CDPs teriam 10 mil vagas para presos provisórios em Aguaí, Álvaro de Carvalho, Nova Independência, Paulo de Faria, Caiuá, Lavínia, Santa Cruz da Conceição, Registro, Gália e Pacaembu. Segundo o periódico, o prazo de construção era de um ano e meio a partir da assinatura dos contratos; não tivesse havido revogação, a entrega prevista era em 2015.
Em nota, o governo do Estado afirma que novos editais serão publicados até 15 de agosto e atenderão as recomendações do Tribunal de Contas.