O Ministério da Saúde decidiu incluir todas as grávidas e mulheres no período pós-parto entre o grupo prioritário de vacinação contra a covid-19 no país, informou nesta terça-feira a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Franciele Francinato, em audiência pública na Câmara.
Segundo Franciele, primeiramente serão vacinadas as gestantes com comorbidades, e depois todas as demais. Deverão ser usadas as vacinas da Pfizer, Butantan e Fiocruz. Ela disse que o governo vai alterar "um pouco" a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a vacinação de grávidas em razão da vivência e do momento epidêmico pelo qual o Brasil vive.
"À luz das novas evidências e que mostram, embora não esteja totalmente fechado, um risco maior tanto para gestante quanto para (as mulheres no) puerpério, a gente optou neste momento por incluir a gestante como grupo prioritário", disse.
"Hoje o risco de não vacinar a gestante com o momento epidêmico já se justifica a introdução deste grupo", completou.
Neste mês, o ministério da Saúde chegou a recomendar que as mulheres adiem os planos de gravidez por causa da pandemia de covid-19, uma vez que as novas variantes do coronavírus têm sido mais agressivas quando acometem gestantes, segundo autoridades da pasta.
A introdução das gestantes como grupo prioritário, segundo a coordenadora do PNI, foi aprovada em reunião recentemente e informada em nota técnica aos Estados na segunda-feira.
A coordenadora não informou uma estimativa de grávidas e mulheres no período pós-parto (puerpério) a serem vacinadas. Antes dessa inclusão, o grupo prioritário já contava com mais de 72 milhões de pessoas, incluindo idosos, profissionais de saúde, pessoas com comorbidades e membros das forças de segurança.
O Brasil vacinou até o momento 27,3 milhões de pessoas com a primeira dose, o equivalente a 13% da população, de acordo com dados do Ministério da Saúde atualizados até segunda-feira.