Governo vai liberar recursos emergenciais ao Museu Nacional

Ministro da Educação, Rossieli Soares, defende que seja feito um projeto executivo para avaliar quanto será necessário para a recuperação

3 set 2018 - 14h25
(atualizado às 14h32)

O ministro da Educação, Rossieli Soares, afirmou que o governo vai liberar recursos emergenciais para atender o Museu Nacional do Rio de Janeiro, após o incêndio, neste domingo (2), que destruiu o prédio e o acervo da instituição. Segundo ele, é necessário que se faça um projeto executivo para saber exatamente quanto terá de ser empregado para a recuperação do museu. "A prioridade [do governo] é que se coloque o recurso necessário para a recuperação do museu".

Incêndio atingiu o Museu Nacional na noite de domingo (2)
Incêndio atingiu o Museu Nacional na noite de domingo (2)
Foto: Marcello Dias / Futura Press

O ministro que concedeu coletiva de imprensa para tratar da qualidade das escolas brasileiras, iniciou as apresentações citando o incêndio no museu e reafirmando apoio. Ao final, voltou a falar da tragédia.

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Segundo ele, caso o projeto fique pronto este ano, o recurso poderá ser liberado. "A obra não será rápida, o prédio é histórico, não é refazer de qualquer jeito", disse. O ministro afirmou ainda que não tem uma estimativa de quanto será necessário para a reconstrução.  

O ministro disse ainda que há cerca de dez dias encontrou o reitor Roberto Leher, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável pelo museu, justamente para discutir a necessidade de reforma da instituição. "Um dos temas que tratamos era a reforma do museu com recursos angariados e de que forma o MEC precisaria atuar. A responsabilidade [do governo] existe, é histórica e nós entendemos que agora é o momento da reconstrução com todo mundo junto".  

Segundo ele, não apenas o museu, mas outros prédio da universidade precisam de cuidados. "A UFRJ é muito peculiar por ocupar muitos prédios históricos, esse será um dos temas de discussão [da reunião de hoje à tarde]".

Perguntado sobre a responsabilidade do MEC pelo que ocorre, uma vez que o Museu Nacional é vinculado à UFRJ, que por sua vez é vinculada ao MEC, o ministro assumiu que a responsabilidade "é nossa, mas não é exclusiva de agora".

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"Fizemos um trabalho importante com a sanção do Orçamento do MEC sendo melhorado para 2019, o que é um sinal importante, mesmo em tempos difíceis", afirmou e acrescentou: "Desde a época que se tinha mais recursos, não foi feita, provavelmente, a reforma necessária".

Caminhão dos bombeiros apoia combate às chamas no Museu Nacional
Foto: Betinho Casas Novas / Futura Press

Nesta segunda à tarde, Soares e o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, reúnem-se com o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher. O reitor disse que cobrará do governo federal empenho para reconstruir o prédio e o acervo da instituição, que, segundo o próprio Museu Nacional, tem a maior coleção da América Latina.

BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que está a disposição da direção do Museu Nacional e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para redirecionar recursos já aprovados para o museu, somando-se aos esforços de reconstrução do prédio, além da restauração do acervo.

Na nota, o BNDES se solidariza com e lamenta a tragédia: "Alinhado ao sentimento de perda do conjunto da sociedade brasileira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lamenta o trágico incêndio que acometeu neste domingo (2), o Museu Nacional, no Rio de Janeiro".

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Um contrato assinado em junho, durante as comemorações de 200 anos da instituição, previa a destinação de R$ 21,7 milhões para a terceira fase do plano de investimento de revitalização do Museu (as duas fases anteriores não contaram com recursos do Banco).

Policiais em frente ao Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro 03/09/2018 REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

Segundo a nota, o primeiro desembolso do contrato entre o BNDES, a Associação de Amigos do Museu Nacional e a UFRJ, cujo prazo total de execução seria de 4 anos, estava previsto para outubro deste ano, no valor de R$ 3 milhões.

O apoio do Banco a essa terceira fase previa, inclusive, a elaboração de projeto executivo de combate a incêndio e, por exigência do BNDES, previa também sua efetiva implantação. "Estavam incluídos ainda, no escopo do contrato, a remoção de toda a coleção armazenada em solução inflamável para uma edificação anexa ao prédio histórico, a reestruturação do sistema elétrico e a criação de um fundo patrimonial para garantir a sustentabilidade financeira de longo prazo do museu".

IBGE

Na manhã desta segunda-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entrou em contato com a direção do Museu Nacional, para oferecer apoio, bem como suas próprias instalações físicas. O instituto se colocou à disposição do museu "para ajudar no que for preciso".

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Em nota, o IBGE lamentou "profundamente o incêndio".

Com informações do repórter Nielmar de Oliveira, do Rio de Janeiro

Rio: Incêndio de grandes proporções atingem o Museu Nacional
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Agência Brasil
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