Os advogados dos ativistas do Greenpeace detidos na Rússia estão reunidos nesta quinta-feira para discutir quais medidas podem ser tomadas de agora em diante para libertação de seus clientes. Mais cedo, a Justiça russa negou o pedido de fiança dos ativistas, entre os quais está a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, 31 anos.
Todos eles tiveram prisão preventiva decretada até 24 de novembro. Caso nenhuma outra medida seja acatada pela Corte de Murmansk, onde os membros do Greenpeace estão detidos, eles terão de aguardar o fim das investigações em detenção.
O Ministério das Relações Exteriores informou à Agência Brasil que a brasileira deve ser mantida presa até o final de novembro. Uma funcionária do ministério acompanhou nesta quinta-feira o julgamento do pedido de fiança. Com a negativa da Justiça russa, o governo brasileiro terá de aguardar o devido trâmite do processo judicial.
Depois do dia 24 de novembro, quando termina o prazo da prisão preventiva, há três possibilidades: a prisão preventiva dos ativistas ser estendida, o caso ser julgado ou o grupo ser solto, para que eles respondam ao processo em liberdade.
De acordo com o ministério, o governo brasileiro está prestando toda a assistência necessária a Ana Paula, que recebeu, nos últimos dias, livros, agasalhos e artigos de higiene pessoal. O embaixador do Brasil na Rússia, Fernando Barreto, assinou uma carta de garantia pedindo que a brasileira respondesse ao processo em liberdade.
No documento, o Brasil se responsabilizava pelo bom comportamento da ativista durante as investigações e pelo comparecimento dela aos tribunais sempre que solicitado. O pedido, porém, foi negado. Segundo o Greenpeace, o Brasil foi o único país a enviar à Rússia esse tipo de documento, das 19 nações de origem dos ativistas.
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Na quarta-feira, a Justiça russa amenizou as acusações aos ativistas, mudando a classificação do delito de pirataria para vandalismo, cujas penas são mais brandas. No caso de vandalismo, a pena pode chegar a sete anos de reclusão, e no de pirataria, a 15 anos. Ainda assim, o Greenpeace rechaçou as acusações e disse que os advogados irão contestar.
Pouco antes do anúncio da flexibilização de pena, a Rússia rejeitou a arbitragem do Tribunal Internacional dos Direitos do Mar no caso. Também ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nomeou uma comissão mista para ir à Rússia e interceder pela libertação de Ana Paula Maciel.
No dia 18 de setembro, 28 ativistas da Greenpeace, um operador de câmera e um fotógrafo foram detidos pela guarda costeira russa, que abordou o barco da organização. Pouco antes, dois ativistas haviam subido em uma plataforma petrolífera do consórcio russo Gazprom, com o objetivo de denunciar os danos ao Ártico, resultantes da extração de petróleo.
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27 de outubro - Família da ativista Ana Paula Maciel, presa durante manifestação do Greenpeace na Rússia, organizou uma ato em Porto Alegre para pedir sua libertação
Foto: Daniel Favero
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27 de outubro - Pai da brasileira, Jaires Maciel declarou durante ato em Porto Alegre que sente muito orgulho da filha, que desde pequena demonstrava estar do lado dos menos favorecidos
Foto: Daniel Favero
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27 de outubro - Em ato, Rosangela Macedo, mãe da brasileira, afirmou "não ter dúvidas" que Ana Paula será libertada
Foto: Daniel Favero
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24 de outubro - Brasileira Ana Paula Maciel tirou fotos na prisão novamente com cartazes
Foto: Igor Podgorny/Greenpeace
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24 de outubro - Pedido de liberdade provisória de brasileira Ana Paula Maciel, presa na Rússia, foi negado em audiência no dia 24 de outubro
Foto: Igor Podgorny/Greenpeace
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17 de outubro - Greenpeace divulgou fotos em que a ativista brasileira Ana Paula Maciel aparece com um cartaz pedindo para que a deixem ir embora da Rússia, onde está presa desde setembro
Foto: Greenpeace
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17 de outubro - "Eu amo a Rússia, mas me deixem ir para casa", diz o cartaz, em inglês
Foto: Greenpeace
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17 de outubro - "Libertem os 30 do Ártico", diz outro cartaz empunhado pela brasileira, em referência ao grupo de ativistas do Greenpeace detidos em setembro durante protesto na Rússia
Foto: Greenpeace
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17 de outubro - Brasileira e outros 29 membros do Greenpeace foram detidos quando protestavam contra a exploração do petróleo no Ártico
Foto: Greenpeace
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17 de outubro - Ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel segue presa na Rússia
Foto: Greenpeace
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14 de outubro - Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul, recebe os pais de Ana Paula Maciel, gaúcha ativista do Greenpeace presa na Rússia
Foto: Caroline Bicocchi / Palácio Piratini
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19 de setembro - Greenpeace divulgou imagens, feitas no dia 19 de setembro, da detenção dos ativistas da ONG que realizaram um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico
Foto: Greenpeace
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19 de setembro - Imagens divulgadas pelo Greenpeace mostram helicóptero da Guarda Costeira russa abordando navio Artic Sunrise
Foto: Greenpeace
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19 de setembro - Ativistas são rendidos por agentes russos em meio a protesto, na Rússia
Foto: Greenpeace
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3 de outubro - Pelo menos cinco ativistas do Greenpeace, incluindo a bióloga brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, foram acusados de pirataria na Rússia por um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico. ONG divulgou fotos dos detidos nesta quarta-feira
Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace
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3 de outubro - No total, 30 ambientalistas estão detidos na Rússia e mais quatro foram acusados
Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace
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19 de setembro - A brasileira Ana Paula Maciel foi presa em protesto na Rússia
Foto: Nick Cobbing/Greenpeace
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3 de outubro - Além da brasileira, as autoridades russas acusaram outros quatro ativistas, incluindo um britânico, um finlandês, um russo e um cidadão americano que também tem nacionalidade sueca
Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace
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3 de outubro - Se considerados culpados, os ativistas podem pegar até 15 anos de cadeia
Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace
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19 de setembro - Os ativistas de 18 países estão detidos nas cidades de Murmansk e Apatity, no norte da Rússia, aguardando as investigações. Mais acusações contra os outros 28 ativistas devem ser apresentadas em breve
Foto: Divulgação
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19 de setembro - Os 30 ativistas foram detidos após um protesto no Mar de Barents, ao norte da Rússia, quando o barco quebra-gelo Artic Sunrise, do Greenpeace, se aproximou da plataforma Prirazlomnaya, da gigante estatal do setor de energia Gazprom
Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace
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27 de outubro - Familiares da bióloga brasileira Ana Paula Maciel, que foi presa na Rússia com outros 29 ativistas do Greenpeace, fazem um protesto em Porto Alegre pedindo a libertação dela. O grupo fez uma manifestação no Parque da Redenção exigindo que os 30 ativistas sejam soltos
Foto: AFP
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27 de outubro - Familiares da bióloga brasileira Ana Paula Maciel, que foi presa na Rússia com outros 29 ativistas do Greenpeace, fazem um protesto em Porto Alegre pedindo a libertação dela. O grupo fez uma manifestação no Parque da Redenção exigindo que os 30 ativistas sejam soltos
Foto: AFP
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27 de outubro - Familiares da bióloga brasileira Ana Paula Maciel, que foi presa na Rússia com outros 29 ativistas do Greenpeace, fazem um protesto em Porto Alegre pedindo a libertação dela. O grupo fez uma manifestação no Parque da Redenção exigindo que os 30 ativistas sejam soltos
Foto: AFP
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27 de outubro - Familiares da bióloga brasileira Ana Paula Maciel, que foi presa na Rússia com outros 29 ativistas do Greenpeace, fazem um protesto em Porto Alegre pedindo a libertação dela. O grupo fez uma manifestação no Parque da Redenção exigindo que os 30 ativistas sejam soltos
Foto: AFP
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19 de novembro - Brasileira sorrindo após audiência que determinou a sua liberdade na Rússia
Foto: Reprodução
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19 de novembro - Esta é a mais bela notícia que eu recebo nos últimos dois meses, mas a Justiça só será feita quando todas as acusações absurdas forem derrubadas, afirmou Rosangela Maciel, mãe de Ana Paula, ao receber a notícia da libertação da filha
Foto: AP
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19 de novembro - A brasileira foi a quarta pessoa, dentre os 30 presos, a ter o pedido de fiança aceito, e a primeira que não é de nacionalidade russa
Foto: AP
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19 de novembro - A Justiça russa definiu hoje que a brasileira vai responder o processo em liberdade
Foto: AP
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19 de novembro - A bióloga brasileira Ana Paula Maciel sorri ao deixar a prisão em São Petersburgo, na Rússia. Ana Paula, que foi presa com mais 29 ativistas do Greenpeace durante um protesto em setembro, foi libertada nesta terça-feira após pagar fiança
Foto: AP
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20 de novembro - Brasileira Ana Paula Maciel deixou a prisão nesta quarta-feira na Rússia
Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace
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20 de novembro - Ana Paula estava detida no Centro de Detenções de São Petersburgo
Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace
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20 de novembro - Brasileira Ana Paula Maciel deixou a prisão nesta quarta-feira na Rússia
Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace
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20 de novembro - Apesar de livre, brasileira continua sob as acusações de vandalismo e pirataria
Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace
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20 de novembro - Brasileira Ana Paula Maciel estava detida na Rússia deste setembro deste ano
Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace
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23 de novembro - Ana Paula Maciel está em liberdade, mas ainda aguarda o resultado do julgamento
Foto: AP
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23 de novembro - A bióloga mostra um exemplar do jornal The Saint Petersburg Times que foi publicada com uma foto dela
Foto: AP
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23 de novembro - A brasileira Ana Paula Maciel concede entrevista a jornalistas em São Petersburgo, na Rússia
Foto: AP
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28 de dezembro - Ativista brasileira Ana Paula Maciel desembarcou na manhã deste sábado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, cem dias após o protesto pacífico que resultou na prisão de ativistas do Greenpeace Internacional por autoridades russas
Foto: Bruno Santos
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28 de dezembro - Ana Paula Maciel desembarcou em Guarulhos, São Paulo, por volta das 7h05
Foto: Bruno Santos
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28 de dezembro - Ao chegar em território brasileiro, Ana Paula se mostrou muito contente e afirmou ter valido a pena ter ficado presa por 100 dias na Rússia
Foto: Bruno Santos
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28 de dezembro - Ana Paula desembarcou com um largo sorriso no rosto e seu urso polar de pelúcia nas mãos
Foto: Bruno Santos
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28 de dezembro - A brasileira posou para os fotógrafos segurando um cartaz escrito "Salve o Ártico"
Foto: Bruno Santos
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28 de dezembro - Ana Paula criticou o sistema judiciário russo, que a manteve presa por mais de três meses
Foto: Bruno Santos
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28 de dezembro - Brasileira do Greenpeace seguiu para Porto Alegre (RS), onde mora a sua família
Foto: Bruno Santos
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28 de dezembro - Ativista brasileira Ana Paula Maciel reencontrou a família em Porto Alegre (RS) na manhã deste sábado
Foto: Luciano Leon
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28 de dezembro - Ana Paula, durante conversa com jornalistas no aeroporto de Porto Alegre
Foto: Felipe Schroeder Franke
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28 de dezembro - A família Maciel reunida em Porto Alegre
Foto: Felipe Schroeder Franke
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28 de dezembro - Ana Paula e sua irmã Telma
Foto: Felipe Schroeder Franke
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28 de dezembro - Jaires abraça a filha Ana Paula
Foto: Felipe Schroeder Franke
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28 de dezembro - "Salve o Ártico", campanha do Greenpeace contra a exploração de petróleo nas geleiras do norte
Foto: Felipe Schroeder Franke
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28 de dezembro - Abraço entre mãe e filha após mais de dois meses de prisão em solo russo
Foto: Felipe Schroeder Franke
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28 de dezembro - Ana Paula, na chegada a Porto Alegre, em frente à mãe Rosângela
Foto: Felipe Schroeder Franke
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28 de dezembro - Rosângela, mãe de Ana Paula: felicidade e serenidade com a atuação e o retorno da filha
Foto: Felipe Schroeder Franke
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28 de dezembro - Cartaz de familiares e amigos para o reencontro com Ana Paula em Porto Alegre
Foto: Felipe Schroeder Franke
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28 de dezembro - Jaires Maciel, pai de Ana Paula, na espera da filha com uma orca de pelúcia de presente