Nesta quinta-feira (30), a Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação (CNTE) convocou uma greve nacional dos trabalhadores da educação básica pública. De acordo com a entidade, 10 Estados brasileiros - São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco, Paraíba, Pará, Roraima, Paraná, Goiás, Alagoas, Amazonas e o Distrito Federal - já realizaram algum tipo de paralização neste ano. Além deles, várias redes municipais, como João Pessoa (PB) e Juiz de Fora (MG), Itaporanga (SE), também organizaram atos.
Eles protestam contra "condições prejudiciais à aprendizagem dos estudantes", como, por exemplo, salas de aula superlotadas, falta de profissionais, descumprimento da Lei do Piso Salarial e escolas sem infraestrutura. "Além da luta por escola pública de qualidade para todos/as e pela valorização dos/as trabalhadores/as em educação – compreendendo a imediata regulamentação do piso salarial e das diretrizes nacionais de carreira para todos os profissionais da educação –, a CNTE e seus sindicatos filiados também lutam pelos direitos da classe trabalhadora, que atualmente têm sofrido ataques sem precedentes na história recente do País", disse, em nota, a CNTE.
"A alteração nas Medidas Provisórias 664 e 665, que dificultam o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, ao auxílio doença e às pensões por morte, além da não aprovação pelo Senado do PL 4.330/04, que visa instituir a terceirização ilimitada nas empresas privadas, públicas e de economia mista (Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Correios, empresas de energia elétrica e de saneamento básico, entre outras) são pautas de nossa luta e requerem a máxima compreensão e apoio da sociedade, pois representam sérios riscos para o bem estar futuro do país", completou.
Manifestação marcada para São Paulo
Uma grande manifestação está marcada para São Paulo ainda nesta quinta. Os professores da rede estadual em greve há mais de 40 dias devem se reunir no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, por volta das 14h, quando organizarão uma assembleia. A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) exige que o governo do Estado dialogue e dê algum sinal de negociação aos pedidos de reajuste salarial.