A greve iniciada no mês passado pelos funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) impediu o governo de divulgar nesta quinta-feira o índice nacional de desemprego em maio.
O organismo responsável pelas estatísticas oficiais informaram nesta quinta-feira que, pela paralisação, apenas pôde estabelecer o índice de desemprego em quatro das seis regiões metropolitanas na quais mede a taxa nacional.
"Excepcionalmente não estão disponíveis os dados das regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre. O atraso nos períodos de coleta, estudo, análise e avaliação dos dados recolhidos obedeceu à paralisação dos funcionários do IBGE, o que impediu a divulgação completa do estudo na data prevista", informou o organismo.
O instituto informou que divulgará os dados completos em uma data ainda por definir, o que também dependerá dos empregados do IBGE, que reivindicam autonomia técnica e aumentos salariais, aprovarem o fim da greve.
Em abril, a taxa de desemprego ficou em 4,9% da população economicamente ativa, abaixo dos 5% do mês imediatamente anterior e dos 5,8% medido no mesmo mês do ano passado.
O índice de abril foi o menor para este mês nos últimos 13 anos.
De acordo com o organismo, o desemprego em maio foi de 7,2% na cidade de Recife, de 5,1% em São Paulo, de 3,8% em Belo Horizonte e de 3,4% Rio de Janeiro.
Tais taxas são estáveis a respeito das do mês imediatamente anterior mas inferiores na comparação com maio do ano passado. No Rio de Janeiro, o índice caiu 1,8% frente a maio de 2013 e em São Paulo 1,2%.