A greve por melhores condições trabalhistas iniciada em maio pelos empregados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) impediu o governo de divulgar nesta quinta-feira, pelo segundo mês consecutivo, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME).
O órgão informou hoje que, pela paralisação, pôde apenas estabelecer o índice de desemprego em junho em quatro das seis regiões metropolitanas em que mede a taxa nacional.
O governo até agora não divulgou o índice de desemprego em maio pelo mesmo motivo.
"Excepcionalmente não estão disponíveis os dados das regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre. O atraso nos períodos de coleta, estudo, análise e avaliação dos dados recolhidos obedeceu à paralisação dos funcionários do IBGE, o que impediu a divulgação completa do estudo na data prevista", informou o organismo.
Em abril, a última vez que foi medida nas seis cidades, a taxa de desemprego era de 4,9% da população economicamente ativa, abaixo dos 5,0% do mês imediatamente anterior e dos 5,8% medidos no mesmo mês do ano passado.
De acordo com o Instituto, os dados parciais recolhidos em junho permitem dizer que o desemprego permaneceu estável em relação a maio em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, as três maiores cidades do país, e que diminuiu um ponto percentual em Recife, até 6,2% da população economicamente ativa.
O índice de desemprego em junho em São Paulo foi de 5,1%, sem variação a respeito de maio; o do Rio de Janeiro ficou em 3,2% após ter sido de 3,4% no mês anterior, e o de Belo Horizonte subiu ligeiramente de 3,8% até 3,9%.
Na comparação com junho do ano passado, a taxa de desemprego caiu 1,5 pontos percentuais em São Paulo e 2,1 pontos no Rio de Janeiro, e se manteve estável em Recife e Belo Horizonte.