Greve na Argentina cancela voos do Brasil para Buenos Aires

Paralisação do transporte é estratégia dos organizadores da greve geral da Argentina

10 abr 2014 - 15h07
(atualizado às 15h19)

A greve geral iniciada na manhã desta quinta-feira na Argentina impediu o uso de transporte público pela população e levou ao cancelamento da maioria dos voos que iria de capitais brasileiras para Buenos Aires, de acordo com o site da Infraero. A paralisação foi convocada pela ala da Central Geral de Trabalhadores (CGT), pela CGT Azul e Branca e pela Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA).

Aeronaves da Tam e da Gol estacionadas no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A empresa aérea TAM, do grupo Latam Airlines, e a Gol tiveram que cancelar voos com destino à Argentina nesta quinta-feira, devido à greve geral no país vizinho e ao fechamento do aeroporto Jorge Newbery (Aeroparque), em Buenos Aires. 17/01/2014
Aeronaves da Tam e da Gol estacionadas no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A empresa aérea TAM, do grupo Latam Airlines, e a Gol tiveram que cancelar voos com destino à Argentina nesta quinta-feira, devido à greve geral no país vizinho e ao fechamento do aeroporto Jorge Newbery (Aeroparque), em Buenos Aires. 17/01/2014
Foto: Nacho Doce / Reuters

O chefe de gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, disse que os organizadores da greve nacional pretendem "sitiar os grandes centros urbanos" com um grande piquete nacional e paralisação dos transportes. Ele reconheceu o direito a greve, mas considerou a estratégia usada antiquada. "Na Idade Média, os senhores feudais impediam o acesso da população. Não há lugar para a barbárie nem para medidas que conspirem contra o livre exercício do direito a greve dos trabalhadores".

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Segundo Capitanich, os piquetes restringem a liberdade dos trabalhadores que são contra a greve e querem assumir seus postos de trabalho. Ele também disse que "não tem o menor sentido" todos os pontos de reivindicação levantados pelas centrais sindicais opositoras, que protestam contra a inflação, a insegurança e os baixos salários no país.

Por conta dos bloqueios e paralisação do transporte público, a greve afeta o funcionamento de hospitais, escolas, bancos e vários setores da economia. Na greve geral de 2012 – a primeira desde que os Kirchner chegaram ao poder, em 2003 -, as companhias aéreas argentinas cancelaram voos ao Brasil e do Brasil à Argentina. Foi o maior protesto em dez anos e marcou o rompimento de parte do movimento sindical argentino com o governo.

*Com informações da Agência Télam

Agência Brasil
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