Um homem morreu em uma loja do Carrefour Brasil no Recife na semana passada e o corpo foi coberto com guarda-sóis e separado do movimento de clientes por meio de caixas e barreiras improvisadas, enquanto o estabelecimento seguiu funcionando, de acordo com relatos publicados em redes sociais.
A morte ocorreu dia 14, mas apenas nesta semana houve repercussão em redes sociais, com internautas criticando o fato de a loja ter seguido funcionando, apesar de o corpo não ter sido removido por autoridades.
Procurado pela Reuters nesta quarta-feira, o Carrefour Brasil afirmou em comunicado que a forma como tratou da ocorrência foi inadequada e pediu desculpas.
"A empresa errou ao não fechar a loja imediatamente após o ocorrido à espera do serviço funerário, bem como não encontrou a forma correta de proteger o corpo", afirmou.
Segundo a companhia, o homem morto era um promotor de vendas que passou mal dentro do estabelecimento. "Fizemos os primeiros socorros e acionamos o Samu, seguindo todos os protocolos para realizar o socorro rapidamente. Após o falecimento, seguimos a orientação de não retirar o corpo do local".
O Carrefour, uma das maiores redes de varejo do Brasil e detentora também da bandeira Atacadão, disse que mudou orientações aos funcionários para incluir a obrigatoriedade de fechamento da loja.
"Pedimos desculpas à família e seguimos em contato para apoiá-los no que for necessário", afirmou o Carrefour Brasil em comunicado.
Esta não é a primeira vez que a rede se envolveu com polêmicas sobre a forma como trata incidentes em suas lojas no país. Em 2018, um segurança de uma das lojas da empresa no Estado de São Paulo matou um cachorro de rua que circundava o estabelecimento após golpear o animal com uma barra metálica, num caso que causou revolta em redes sociais e de organizações de defesa dos animais.
(Com reportagem de Peter Frontini)