Por meio de uma nota, o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, confirmou a morte da ex-primeira-dama do Brasil Marisa Letícia Lula da Silva, de 66 anos. Segundo o comunicado, o óbito foi constatado às 18h57 desta sexta-feira (3).
Durante o dia, os médicos submeteram a esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a dois testes, um às 12h05 e outro às 18h05, para comprovar a perda definitiva das funções cerebrais, que já havia sido indicada um dia antes. Ela estava internada desde a semana passada devido a um acidente vascular cerebral (AVC).
O velório de Marisa será realizado neste sábado (4), das 9h às 15h, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), onde a ex-primeira-dama e o ex-presidente se conheceram. A cremação ocorrerá logo em seguida, no Cemitério Jardim da Colina, em cerimônia privada.
Nascida em São Bernardo, no dia 7 de abril de 1950, Marisa se casou aos 19 anos com um taxista, com quem teve seu primeiro filho, Marcos. Seis meses após o matrimônio, seu marido foi assassinado.
Em 1973, aos 23 anos, a ex-primeira-dama conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Os dois se casaram em maio de 1974 e tiveram três filhos, Fábio Luiz, Sandro Luis e Luis Cláudio.
Em fevereiro de 1980, Marisa participou ativamente dos eventos que marcaram a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), sendo inclusive a responsável por costurar a primeira bandeira da sigla.
Quando Lula foi preso pela ditadura com diversos sindicalistas, a ex-primeira-dama liderou a "Passeata das Mulheres" pedindo a liberdade do marido e de seus companheiros e organizou reuniões clandestinas em sua casa.
Ela se envolveu pessoalmente nas campanhas eleitorais de Lula, mas foi uma primeira-dama bastante discreta durante os oito anos de mandato do esposo. Em 2016, Marisa virou ré em duas ações ligadas à Operação Lava Jato.
Cidadã italiana, ela vinha de uma família originária da Lombardia, no norte do país europeu.