Um incêndio de grandes proporções destruiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro, na noite de domingo, informou o Corpo de Bombeiros.
O incêndio começou no início da noite e se alastrou rapidamente, destruindo o acervo do museu que é considerado um dos maiores e mais importantes da América Latina.
O acervo continha milhões de peças, objetos, coleções, séries, documentos e fósseis humanos e de dinossauros.
O museu de 200 anos, que foi residência da família real, não tinha uma estrutura moderna de prevenção de incêndio, e algumas coleções de animais eram preservadas em álcool e formol, o que teria ajudado no alastramento das chamas.
"Foi embora hoje parte da história dessa nação. Era um museu não só de visitação, mas de produção científica", disse a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa. "Parte do Brasil morreu hoje", acrescentou.
As causas do incêndio estão sendo investigadas, e a Polícia Federal também deve atuar no caso, uma vez que o Museu Nacional é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Por falta de verba, algumas alas do Museu Nacional estavam fechadas e a estrutura apresentava fragilidade, sendo possível detectar infiltrações, fios aparentes e outros problemas durante visitações.
O presidente Michel Temer lamentou o incêndio em publicação no Twitter. "Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Foram perdidos 200 anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos brasileiros", disse.