Indonésia: Itamaraty pede hospitalização de brasileiro preso

A Indonésia adiou a execução de sete estrangeiros, incluindo o brasileiro

19 fev 2015 - 13h11
(atualizado às 13h31)
Gularte foi condenado à morte e pode ser o segundo brasileiro executado na Indonésia
Gularte foi condenado à morte e pode ser o segundo brasileiro executado na Indonésia
Foto: Twitter

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta quinta-feira que um representante da Embaixada do Brasil em Jacarta entregará em mãos, nesta sexta-feira, uma carta ao diretor da Penitenciária Pssar Putih, onde Rodrigo Gularte está preso, solicitando a transferência do brasileiro para um hospital psiquiátrico na cidade de Yogyakarta.

Gularte, de 42 anos, está preso desde 2004 após entrar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe e foi condenado à morte no ano seguinte.

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O brasileiro foi diagnosticado com esquizofrenia e um laudo assinado por um psiquiatria da rede pública da Indonésia confirmou o diagnóstico. Segundo o jornal The Jakarta Post, a Procuradoria-Geral indonésia vai pedir uma segunda opinião médica para decidir o destino do brasileiro. A legislação local prevê que o condenado tenha que estar plenamente ciente da execução.

Tia de brasileiro clama por sua vida
Foto: Tatan Syuflana / AP

A Indonésia adiou a execução de sete estrangeiros, incluindo o brasileiro, e quatro indonésios prevista para este mês, alegando problemas logísticos na prisão da Ilha de Nusakambangan onde ocorrerá o fuzilamento. Todos tiveram o pedido de clemência negado pelo presidente indonésio, Joko Widodo. A nova data ainda não foi marcada.

A Austrália tem feito grande pressão para que Jacarta suspenda a execução de dois cidadãos australianos que estão no corredor da morte junto com o brasileiro. Andrew Chan, 31 anos, e Myuran Sukumaran, 33, também foram condenados por tráfico de drogas. Ontem, o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, pediu à Indonésia para lembrar da importante ajuda do país quando ocorreu o devastador tsunami de 2004.

Segundo brasileiro condenado a morte na Indonésia é de Foz do Iguaçu
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Tony Abbott afirmou que continua fazendo “as mais fortes representações pessoais” ao presidente indonésio, advertindo que ficaria “tremendamente desiludido” se os seus pedidos de clemência forem ignorados.

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No dia 17 de janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi fuzilado na Indonésia por tráfico de drogas. Ele foi o primeiro brasileiro executado por crime no exterior.

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Agência Brasil
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