Irmã de ministro das Comunicações é alvo de operação da PF sobre desvios na Codevasf

Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 1, a Operação Benesse e cumpre 12 mandados de busca e apreensão

1 set 2023 - 08h25
(atualizado às 10h02)
 Luanna Martins Bringel Rezende Alves é prefeita de Vitorino Freire (MA)
Luanna Martins Bringel Rezende Alves é prefeita de Vitorino Freire (MA)
Foto: Reprodução/Facebook

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 1, a Operação Benesse que visa desarticular uma organização criminosa que supostamente promove fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Os policiais cumprem 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de São Luís (MA), Vitorino Freire (MA) e Bacabal (MA). Entre os alvos da operação, está a prefeita de Vitorino Freire, Luanna Martins Bringel Rezende Alves, que é irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Ela foi afastada do cargo.

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Segundo o Estadão, ao menos quatro empresas de amigos, ex-assessoras e uma cunhada do ministro ganharam mais de R$ 36 milhões em contratos com a prefeitura de Vitorino Freire.

Sede da Codevasf
Foto: Divulgação/Codevasf

Além dos mandados, os agentes da PF cumprem medidas cautelares, como afastamento da função pública, suspensão de licitações e vedação da celebração de contratos com órgãos públicos, bem como ordens de indisponibilidade de bens.

A Codevasf é uma estatal responsável por realizar obras e serviços em estados do Norte, Nordeste e no Distrito Federal.

Conforme a PF, essa ação é um desdobramento da Operação Odoacro, que teve a sua primeira fase deflagrada em 20 de julho do ano passado e a segunda fase em 5 de outubro. 

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"A presente fase alcança o núcleo público da organização criminosa, após se rastrear a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica de um município maranhense", informou a PF.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por:

  • fraude a licitação;
  • lavagem de capitais;
  • organização criminosa;
  • peculato;
  • corrupção ativa; e
  • corrupção passiva.

O nome da ofensiva, Benesse, está ligado aos indícios de que o "líder do núcleo público da organização criminosa ora investigada utiliza emendas parlamentares para incrementar o seu patrimônio". 

"Denominou-se esta fase investigativa de 'benesse', que segundo o dicionário Oxford significa 'vantagem ou lucro que não deriva de esforço ou trabalho'", explicou a PF. (*Com informações do Estadão Conteúdo).

Fonte: Redação Terra
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