Jovens acusados de matar cinegrafista vão a Júri Popular

20 ago 2014 - 07h03
(atualizado às 09h50)
O jornalista Santiago Andrade, em fotografia de arquivo pessoal divulgada pela Rede Bandeirantes
O jornalista Santiago Andrade, em fotografia de arquivo pessoal divulgada pela Rede Bandeirantes
Foto: Arquivo pessoal / Rede Bandeirantes / Reprodução

Os dois jovens acusados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão durante uma manifestação em frente à Central do Brasil, no Rio de Janeiro, vão a Júri Popular. A decisão foi divulgada nesta terça-feira pelo juiz Murilo Kieling, titular da 3ª Vara Criminal do Rio. Caio Silva de Souza e Fábio Raposo Barbosa são acusados de terem acendido o rojão que atingiu Santiago na cabeça no dia 6 de fevereiro. O cinegrafista acabou morrendo poucos dias depois, em 10 de fevereiro.

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De acordo com nota, divulgada na página do Tribunal de Justiça, os dois jovens respondem por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, uso de explosivo e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima. O juiz decidiu manter os réus presos e a data do júri somente será marcada após o julgamento dos possíveis recursos impetrados pela defesa.

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Santiago foi atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento do preço do ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro. Além dele, outras seis pessoas ficaram feridas na mesma manifestação. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o cinegrafista chegou em coma ao hospital municipal Souza Aguiar. Ele sofreu afundamento do crânio, perdeu parte da orelha esquerda e passou por cirurgia no setor de neurologia. A morte encefálica foi informada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no início da tarde do dia 10 de fevereiro, após ser diagnosticada pela equipe de neurocirurgia do hospital, onde ficou internado no Centro de Terapia Intensiva desde a noite do dia 6.

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O tatuador Fábio Raposo confessou à polícia ter participado da explosão do rojão que atingiu Santiago. Ele foi preso na manhã do dia 9 de fevereiro em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça

Caio Silva de Souza, acusado de ter acendido o rojão foi preso três dias depois em uma pousada na cidade de Feira de Santana, na Bahia. Procurado por homicídio doloso qualificado – quando há intenção de matar – por uso de artefato explosivo e pelo crime de explosão, o suspeito era considerado foragido pela polícia.

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Agência Brasil
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