Justiça nega liberdade para presidente da Odebrecht

Desembargador João Pedro Gebran considera que executivo pode continuar com práticas ilícitas se for liberado

29 jun 2015 - 17h52
(atualizado às 17h53)

O desembargador João Pedro Gebran, da Justiça Federal, negou pedido de liberdade feito pela defesa do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso na 14ª fase da Operação Lava Jato.

Presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht foi preso na 14ª fase da Operação Lava Jato
Presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht foi preso na 14ª fase da Operação Lava Jato
Foto: Divulgação/BBC Brasil

O magistrado entendeu que o empreiteiro deve continuar preso, por ter capacidade de continuar atuando em contratos da empresa com a Petrobras. No habeas corpus, a defesa do executivo alegou que ele não foi acusado por nenhum dos delatores, não ameaçou testemunhas, nem ocultou provas. Para o desembargador, as provas apresentadas pela acusação são contundentes e reforçam a participação da Odebrecht no esquema de cartel de licitação entre as empresas que tinham contratos com a estatal.

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“Eventual soltura permitirá a reorganização das atividades ilícitas, que foram praticadas até mesmo durante o ano de 2014, quando a Operação Lava Jato estava em curso, inclusive com a prisão de alguns dos líderes”, justificou Gebran.

As investigações revelam que as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam um cartel de empreiteiras que superfaturavam contratos da Petrobras. Os presidentes das duas construtoras, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques Azevedo, foram presos.

Agência Brasil
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