O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, descartaram nesta terça-feira a liberação de vistos para brasileiros que queiram entrar nos Estados Unidos e americanos que desejam ingressar no Brasil. Mas ambos ressaltaram que é possível em outubro, durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Washington, firmar um acordo para facilitar a entrada de brasileiros em território americano, por meio do Programa Global Entry.
A ideia do programa é permitir a entrada de brasileiros em território americano sem passar pelas filas de imigração. Mas a medida não deve beneficiar turistas eventuais, apenas os brasileiros que visitam os Estados Unidos com maior assiduidade, na maioria das vezes em viagens a trabalho.
"Nós estamos empenhados em apressar ao máximo esse acordo e nos orgulhamos muito em ter dinamizado no último ano a concessão de vistos a brasileiros para viagens de negócios e turismo. No ano passado, nós recebemos 1 milhão de pedidos de concessão vistos vindos de toda parte do Brasil", ressaltou Kerry.
Para Kerry e Patriota, é possível no futuro o fim da exigência de vistos, porém, ambos concordam que o processo deve demorar. "É possível chegar (a isso). Mas ainda temos um caminho a percorrer. Queremos que o maior número de brasileiros nos visite", disse o secretário de Estado americano. "A eliminação do visto é mais complexa", resumiu o chanceler brasileiro.
As regras do Global Entry são as mesmas para todos os 11 países que participam do programa, como Alemanha, Japão e Reino Unido. Se aprovada a concessão para receber o Global Entry, o brasileiro que for aos Estados Unidos recebe um cartão com código de barras. Assim, a pessoa não precisa entrar na fila de imigração. A validade do cartão é cinco anos.