A empreiteira Alumini foi a primeira das citadas na operação Lava Jato, que investiga um suposto esquema de corrupção na Petrobras, a entrar em recuperação judicial, nesta terça-feira.
Com a decisão do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências do Tribunal de Justiça de São Paulo, de acatar o pedido de recuperação judicial da companhia, ficam suspensas todas as ações de execução contra a empresa.
A Alumini é uma das prestadoras de serviço para a Petrobras nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
A operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal, investiga um suposto esquema de desvio de recursos de contratos com obras da Petrobras com empreiteiras. Esses contratos seriam assinados com sobrepreço em troca de propina para diretores da estatal, políticos e partidos.
O Ministério Público Federal já ofereceu denúncia, aceita pela Justiça Federal do Paraná, contra 39 acusados de participação no suposto esquema, entre eles dois ex-diretores da Petrobras: Paulo Roberto Costa, que comandou a diretoria de Abastecimento, e Nestor Cerveró, da área internacional.
Costa está em prisão domiciliar após fechar acordo de delação premiada com a Justiça, enquanto Cerveró está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba.