Lava Jato: juiz determina bloqueio de bens de Nestor Cerveró

MPF denunciou Cerveró por uso do cargo na empresa para favorecer a contratação de empreiteiras, mediante o pagamento de propina, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro

26 fev 2015 - 22h27
(atualizado às 22h28)
Ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró participa de audiência em comissão do Congresso, em Brasília. 16/04/2014
Ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró participa de audiência em comissão do Congresso, em Brasília. 16/04/2014
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O juiz Sérgio Moro solicitou a quebra do sigilo fiscal e determinou o bloqueio de bens de Nestor Cerveró, investigado na Operação Lava Jato. A medida se estende até o valor de R$ 106 milhões, correspondente “à suposta vantagem indevida” obtida pelo ex-diretor da Área Internacional da Petrobras. A decisão é do dia 21 de fevereiro, mas só pôde ser divulgada hoje (26).

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A quebra de sigilo será feita pelo Ministério Público Federal (MPF) na Receita Federal. Conforme a decisão, o valor foi bloqueado para “recuperação do produto do crime e reparação dos danos decorrentes do crime” relacionado a Cerveró.

Ele, além do empresário Fernando" Baiano" Soares e do ex-consultor da Toyo Setal Júlio Almeida Camargo, são acusados de fazer parte do esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras e pagamento de propinas a partidos e agentes políticos. Cerveró está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba.

Justiça manda abrir nova investigação contra Cerveró
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No início desta semana, o MPF denunciou Cerveró por uso do cargo na empresa para favorecer a contratação de empreiteiras, mediante o pagamento de propina, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Caberá a Moro, responsável pelos processos decorrentes das investigações da Lava Jato, decidir se aceita as denúncias.

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Agência Brasil
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