Lava Jato: PF faz novas buscas e Petrobras entrega documentos

Segundo nota da polícia, empresa colaborou entregando os documentos, tornando desnecessária a execução dos mandatos

11 abr 2014 - 13h04
(atualizado às 18h11)

Vinte e cinco dias depois de desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro, suspeita de movimentar mais de R$ 10 bilhões, e prender o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, agentes da Polícia Federal cumprem nesta sexta-feira mais 23 mandados, dois de prisão, seis de condução coercitiva e 15 de busca e apreensão em São Paulo e Campinas (SP), e em Macaé e em Niterói (RJ).

Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira, a Polícia Federal (PF) afirmou que nenhum dos 15 mandados de busca e apreensão que estão sendo realizados ao longo do dia, referentes à operação Lava Jato, foram realizados em edifícios da Petrobras. Segundo a nota, foram expedidos mandados de intimação prévia, e como "A Presidência da Petrobrás colaborou com os policiais federais apresentando os documentos, que foram apreendidos e contribuirão para a continuidade das investigações", não foi necessário o cumprimento de mandatos de busca e apreensão.

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Também em nota, a Petrobras informou que “Um delegado e três agentes da Polícia Federal foram recebidos pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, em uma sala de reunião. Imediatamente, a presidente acionou a Gerência Jurídica da companhia para tomar todas as providências, com vistas ao cumprimento da Ordem Judicial”.

De acordo com a PF, a ação visa a obter documentos que auxiliem nos trabalhos de investigação iniciados com a Operação Lava Jato. Na operação, deflagrada em 17 de março, além das prisões do ex-diretor da Petrobras e de Youssef, foram apreendidos veículos de luxo e grande quantia de dinheiro em moeda nacional e estrangeira - dólares e euros.

A operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar dinheiro. A organização contava com quatro grupos que tinham à frente doleiros que lucravam com câmbio paralelo ilegal, mas também praticavam crimes como tráfico de drogas, exploração e comércio ilegal de diamantes e corrupção de agentes públicos.

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Juntos, os grupos movimentaram mais de R$ 10 bilhões nos últimos três anos, de acordo com informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda.

Agência Brasil
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