O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) , lideranças e representantes da equipe econômica avaliavam, na tarde desta terça-feira, tanto o teor como o impactos dos destaques à reforma da Previdência e ainda tentavam um acordo que pudesse facilitar a conclusão do primeiro turno de votação da proposta.
Reunidos no gabinete da presidência da Câmara, Maia, lideranças, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e o secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, ainda faziam contas e consultava partidos da oposição sobre eventual retirada de destaques.
O líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), falou das conversas em curso sobre os destaques, mas assegurou que é possível concluir tanto a análise dos destaques em primeiro turno quanto a votação em segundo turno da proposta ainda nesta semana.
Também presente na reunião, o líder do PSB, Tadeu Alencar (PE), relatou que está na mesa a possibilidade de o governo acatar alguma das emendas da oposição, em troca da retirada de destaques.
Marinho e Bianco não teriam dado muita esperança, segundo o deputado, mas ficaram de fazer contas.
A jornalistas, Marinho se restringiu a dizer apenas "estamos conversando... vai dar tudo certo".
Havia a expectativa da abertura de uma sessão da Câmara às 15h desta quinta-feira para a votação dos destaques restantes.
Segundo o líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), um destaque que poderia ser aprovado é do PSB e reduz o tempo de contribuição para os homens de 20 para 15 anos.
O líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), confirmou que estava sendo avaliado o impacto dos destaques na busca de um acordo ou não e acrescentou que mulheres, policiais e professores está "praticamente fechado".
Na véspera, o plenário aprovou o texto principal da reforma, com larga margem. Deputados chegaram a analisar um destaque, sobre regras de aposentadoria a professores, mas a sessão foi encerrada para evitar derrotas em novas votações.
Maia, assim como líderes de partidos favoráveis à proposta, identificaram um clima de desarticulação e preferiram pisar no freio.