O candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que o esforço do "novo Congresso", que terá os comandos das duas Casas definidos em fevereiro, terá como foco ações de combate à crise do coronavírus, citando o fortalecimento de programas sociais, a imunização da população e a recuperação da economia.
Encarado como o nome do governo na disputa pela presidência da Câmara contra Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do grupo do atual presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), Lira tem visitado Estados em campanha para escutar as demandas locais. Nesta quarta, o deputado esteve no Rio de Janeiro, onde foram citados temas da reforma tributária e do pacto federativo.
"Um assunto que deve prevalecer muito aqui é justamente esse, atualmente, de que a gente foque nessa discussão e na ajuda para que debele essa pandemia, para que a gente acerte nessa logística da vacina, para que a população possa ter tranquilidade, a economia possa se levantar com tranquilidade", disse o candidato a jornalistas no Rio de Janeiro.
"Então todo o esforço do novo Congresso, a partir dessa nova Mesa, vai ser prioridade 1, 2 e 3 o fortalecimento de alguns programas sociais, tratar a vacina com muito critério, cuidar da nossa economia e nisso o Rio está inserido", completou.
Questionado, Lira negou ter conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a eventual disposição em retomar a discussão sobre imposto nos moldes da antiga CPMF, tema sensível entre os parlamentares.
"Eu quero deixar claro uma mudança de rumo na Câmara dos Deputados a partir de 2 de fevereiro. O presidente (da Casa) vai sempre ouvir o colégio de líderes, vai sempre ouvir a maioria vai sempre ouvir as bancadas. A política do 'eu faço' vai acabar. Nós vamos fazer", afirmou.
Lira acrescentou que a definição da pauta ocorrerá de maneira coletiva, "com antecedência, com previsibilidade, com transparência", e levando em conta a proporção das bancadas na Casa.
Sobre a disputa pelos votos dentro do PSL, Lira disse já ser "fato consumado" o apoio da maioria do partido. Segundo ele, a maioria dos integrantes da bancada, mesmo se desconsiderados os suspenso, já se coloca favorável às sua candidatura.
O deputado também foi questionado se o assunto "impeachment" do presidente Jair Bolsonaro permeou as conversas que vem travando nas viagens pelos Estados.
"Não, esse tema é pertinente ao presidente atual da Casa, eu não vou usurpar nem um dia do mandato dele", respondeu.
"Se eu me eleger a partir do dia 1º, aí eu falo dessa questão."
(Maria Carolina Marcello)