A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou o adiamento de seu depoimento ao juiz Sérgio Moro, que está marcado para a próxima quarta-feira (10), em Curitiba.
Em um pedido ao Tribunal Regional Federal (TRF-4), os advogados do petista dizem que precisam de mais tempo para analisar documentos apresentados pela Petrobras na semana passada. O depoimento estava marcado inicialmente para 3 de maio, mas acabou adiado por Moro por questões de segurança.
Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula, alega que 100 mil páginas de arquivos da estatal de petróleo foram juntadas ao processo entre 28 de abril e 2 de maio. Ele também afirma que sequer conseguiu imprimir todos os documentos, apesar de ter contratado uma gráfica.
O pedido já havia sido negado por Moro, por isso a defesa do petista decidiu recorrer ao TRF-4. Na ação, o ex-presidente é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido R$ 3,7 milhões em "vantagens indevidas" da construtora OAS, incluindo um apartamento tríplex no Guarujá.
Em depoimento a Moro, o ex-mandatário da empreiteira Léo Pinheiro disse que o imóvel pertencia à família de Lula e que o petista lhe pedira para destruir provas. Já a defesa diz que a versão de Pinheiro foi "fabricada" para conseguir um acordo de delação premiada.