O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará à Etiópia, na África, dois dias depois de seu julgamento em segunda instância no "caso triplex".
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), sediado em Porto Alegre (RS), julgará o líder petista no dia 24 de janeiro, após ele ter sido condenado em primeiro grau a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Em 26 do mesmo mês, Lula embarcará para Adis Abeba, capital da Etiópia, para participar de um evento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entidade que tem sede em Roma e é chefiada pelo brasileiro José Graziano.
O evento foi marcado antes do julgamento do ex-presidente no TRF-4, e ele decidiu manter o compromisso. Se for condenado, Lula, líder nas pesquisas, pode ficar inelegível para as eleições de 2018 e corre até mesmo o risco de ser preso.
O Ministério Público Federal o acusa de ter recebido R$ 2,2 milhões em propina da construtora OAS, por meio de um apartamento tríplex no Guarujá (SP). O ex-presidente nega ser proprietário do imóvel.