A mãe da médica Arianne Albuquerque Estevan Risso, uma das 62 vítimas da queda do avião da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo, disse que acompanhou a tragédia pela televisão, sem saber que a filha estava a bordo da aeronave.
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A queda do avião aconteceu na última sexta-feira, 9. Em entrevista ao programa Encontro, da Globo, Fátima Albuquerque contou como ficou sabendo que havia perdido a filha. “Eu vi as primeiras imagens. Eu estava assistindo e estava no telefone com uma colaboradora minha e disse: ‘Olha como a vida pode mudar em segundos’. Fiquei em frente a TV olhando aquilo e acompanhando”, lembrou.
Logo depois, Fátima recebeu uma ligação do genro, dizendo que Arianne estava a bordo do avião. “É uma dor profunda. Era minha única filha, mas se eu tivesse 10 seria o mesmo sentimento”, disse.
A mãe da médica se revoltou e disse que não acredita que a queda do avião tenha sido uma fatalidade.
“Aquilo foi assassinato. Aquilo não era um avião, era uma lata velha cheia de ‘gambiarra’. Não é VoePass, é VoeMorte”, desabafou.
Entenda o caso
O avião da Voepass Linhas Aéreas fazia o trajeto entre Cascavel, no Paraná, e Guarulhos, em São Paulo, quando caiu por volta das 13h20, de sexta-feira, 9, em um bairro residencial em Vinhedo, interior de São Paulo.
A bordo do avião estavam 58 passageiros e quatro tripulantes, totalizando 62 vítimas fatais. A aeronave, de modelo ATR-72-500, porte médio com capacidade de 72 assentos, foi fabricada em 2010.
Os agentes do Cenipa finalizaram o trabalho no local após partes da aeronave e as caixas pretas serem periciadas em Brasília. O órgão conta com o apoio de uma agência francesa para investigar a causa da queda do avião. A perícia deve continuar por mais 30 dias até que o Relatório Preliminar seja finalizado.