O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), considerou nesta quarta-feira que a investida do governo para consolidar uma base de sustentação no Congresso é democrática, mas argumentou que ela poderia ter ocorrido de maneira mais transparente.
O deputado disse que o presidente Jair Bolsonaro elegeu-se criticando a política e os métodos de articulação no Legislativo. Na avaliação de Maia, a falta de uma movimentação mais aberta e declarada à sociedade sobre os acordos selados com os partidos abriram brecha para que fossem vistos de maneira negativa.
"Eu acho que o problema ali é que o presidente rejeitou tanto a política que quando ele quer a política, a imprensa critica", disse.
O presidente da Câmara avaliou ainda que a comunicação entre os Três Poderes constituiu um problema, que já começa a dar sinais de melhora.
Maia aproveitou para declarar que o Parlamento está disposto a sentar à mesa com o governo para discutir a prorrogação do auxílio emergencial de 600 reais aos chamados vulneráveis. Segundo ele, o clima majoritário entre os deputados tende à manutenção dos 600 reais em duas parcelas.
Maia voltou, ainda, a apontar que os recursos disponibilizados para o capital de giro de micro, pequenas e médias empresas precisa chegar à ponta.
Maia deve indicar ainda nesta quarta-feira relator para medida provisória de ajuda a médias empresas, de forma que possa ser votada na próxima semana ou na seguinte.