O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira que o país terá o que mostrar na Assembleia Geral da ONU, em discurso do presidente Jair Bolsonaro.
O deputado defendeu o papel do país, desde a Rio-92 (também chamada à época de Eco-92), na defesa do meio ambiente e disse creditar que o Brasil terá bons números para apresentar à assembleia.
"Acho que o Brasil, ao longo dos últimos anos, desde a Rio-92, deu um exemplo claro da sua preocupação com a preservação do nosso meio ambiente, com a preservação da floresta amazônica", disse Maia, após evento em São Paulo.
"Tivemos problemas, temos que tratar os problemas de forma aberta. Mas não é porque tivemos problemas que o Brasil vai ser penalizado ou não vai ter o que mostrar", argumentou. "Tenho certeza que o Brasil vai ter muita coisa para mostrar, sim, e vai mostrar, espero eu, no discurso do presidente."
Nas últimas semanas, o Brasil ocupou as manchetes internacionais devido a incêndios na floresta amazônica e atritos de Bolsonaro com o presidente francês, Emmanuel Macron, em meio a críticas ao discurso ambiental do presidente brasileiro.
REFORMAS
Maia disse que tentará promover uma reunião na terça-feira com o ministro da Economia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para acertar a agenda de pautas prioritárias no Legislativo, como a reforma tributária e as matérias do pacto federativo.
Segundo Maia, o ministro estuda mudanças no Imposto de Renda, proposta ainda em fase de elaboração.
O parlamentar aproveitou para reafirmar a importância de se discutir as despesas públicas e voltou a defender uma reforma administrativa. Para ele, cada Poder da República teria que encaminhar a sua proposta de reforma, de forma que todos promovam rearranjos internos em suas estruturas.
Ainda sobre a pauta legislativa, Maia disse acreditar que o pacote anticrime do governo, principal demanda do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deve ser votado "nas próximas semanas".
O presidente se comprometeu também a analisar o pedido para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas violações cometidas por Moro, quando era juiz da operação Lava Jato, e procuradores da força-tarefa em Curitiba.
Apresentado por deputados da oposição, o pedido conta com as assinaturas necessárias, mas precisa, segundo Maia, preencher outros requisitos para que a CPI seja criada.
"A CPI, ela precisa ter o fato determinado, e é isso que preciso analisar nas próximas semanas", afirmou.