O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se colocou à disposição do governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), nesta sexta-feira, 23, para ajudar a resolver o que chamou de "entrevero" envolvendo a potencial vacina da chinesa Sinovac, que está sendo testada e deverá ser produzida pelo Instituto Butantan, do governo paulista.
Maia veio a São Paulo participar ao lado de Doria da entrevista coletiva que o governo paulista faz para dar informações sobe o combate à pandemia. Disse que fez questão de vir ao Estado para desfazer boatos de que teria deixado de receber Doria em Brasília na quarta por outro motivo que não fosse a indisposição que sentiu.
O presidente da Câmara, que já teve a Covid-19, disse ter contraído uma virose.
Um dia depois de o Butantan reclamar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária estava atrasando a autorização para importação de insumos para a produção da vacina chinesa, Doria disse ter ouvido do presidente da agência que ela não se submeteria a pressões do Palácio do Planalto e espera que ela siga nesta linha.
Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro, adversário político de Doria, desautorizou e revogou decisão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de incluir a vacina da Sinovac no Programa Nacional de Imunização caso ela seja aprovada pela Anvisa e de o governo federal adquirir doses.
O presidente também disse que a vacina da Sinovac não transmite segurança à população "pela sua origem".