Rio: 82% dos focos de dengue estão nas casas, diz secretário

5 jan 2017 - 07h37
(atualizado às 07h38)
O Aedes aegypti é o transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.
O Aedes aegypti é o transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.
Foto: iStock

O novo secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Eduardo de Mattos, fez nessa quarta-feira (4) um alerta sobre o aumento da incidência de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti nos meses de verão e pediu que a população participe de combate ao mosquito, principalmente porque a maioria dos criadouros está dentro das casas.

"Temos que fazer essas campanhas de conscientização, porque 82% dos focos do Aedes estão dentro dos domicílios e 18% nas comunidades [ruas], no lixo acumulado, nas garrafas abandonadas. Então é importante conscientizar a população para cuidar desses focos", destacou.

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O Aedes aegypti é o transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. Segundo Mattos, apesar de as três doenças preocuparem as autoridades, a chikungunya merece mais atenção porque tem sintomas que podem durar meses e porque poucas pessoas estão imunes ao vírus.

"Das arboviroses [doenças transmitidas por mosquitos], não podemos relaxar com nenhuma delas, como a dengue e a zika, pelo comprometimento de mulheres grávidas, podendo levar à microcefalia. Mas a chikungunya causa sintomas de dor articular e a cronificação desses sintomas, pois as pessoas podem ficar até dois anos sentindo dor", disse o secretário durante encontro de treinamento com profissionais de saúde.

Segundo ele, os cariocas são suscetíveis à chikungunya pois ainda não tiveram imunidade adquirida contra ela. "Segundo estudos da Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], essa taxa de ataque é de 30% a 50%. Em uma população de 6,5 milhões de pessoas, poderá chegar a 3 milhões de infectados e nenhum sistema de saúde dá conta disso."

Segundo Mattos, já foram registrados 13 mortes por conta da chikungunya, por arritmia cardíaca ou embolia pulmonar.

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Agência Brasil
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