O Ministério da Saúde informou que 47% dos médicos brasileiros inscritos no Programa Mais Médicos iniciaram suas atividades nas unidades básicas de saúde. Os números (511 profissionais dos 1.096 inscritos), apresentados nesta quarta-feira, foram repassados ao ministério pelas prefeituras que participam do programa. O prazo de apresentação dos profissionais acaba nesta quinta-feira.
Desde o dia 2 de setembro até a manhã desta quarta, 216 municípios e quatro distritos de saúde indígena relataram o início da atuação dos médicos brasileiros, de um total de 453 prefeituras e 34 distritos indígenas. Ou seja, 46% das localidades apontadas (220 de um total de 487) tem os profissionais compondo equipes na atenção básica.
Os 458 médicos que ainda não se apresentaram podem fazê-lo até amanhã. Quem não se apresentar será excluído do programa e se tornará impedido de uma nova seleção pelos próximos seis meses. Até o momento, 127 médicos brasileiros pediram, diretamente ao Ministério da Saúde, desligamento do programa.
Entre os motivos apresentados pelos profissionais para deixarem o Mais Médicos está a carga horária obrigatória de 40 horas semanais e a falta de infraestrutura nas localidades em que iriam atuar. Além dos médicos brasileiros, 282 profissionais formados no exterior foram selecionados na primeira etapa do programa e 400 médicos cubanos integram a primeira etapa do Mais Médicos.
ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS' |
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa. |
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais. |
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma |
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios. |
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS). |