Mais Médicos: espanhola diz que precisa de pouco para atender pacientes

19 set 2013 - 19h41
(atualizado às 19h52)
Na próxima segunda-feira (23), os profissionais chegam aos municípios, onde passam por nova ambientação e começam a atender a população
Na próxima segunda-feira (23), os profissionais chegam aos municípios, onde passam por nova ambientação e começam a atender a população
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O médico de família precisa de suas mãos e sua cabeça para trabalhar. As outras coisas são complementares. A opinião é da médica espanhola Amaia Foces, que tem especialidade em medicina da família e comunitária, e experiência de mais de 12 anos no Reino Unido. Apesar de reconhecer as dificuldades enfrentadas por muitos municípios, ela rebate as críticas ao Programa Mais Médicos, segundo as quais falta estrutura para nas cidades escolhidas pelo Ministério da Saúde.

"Os remédios básicos vocês têm no Brasil, e não precisa de uma medicação muito especializada. Para 95% dos problemas que a gente vai ver, eu tenho as minhas mãos, os meus olhos e a minha cabeça, e não preciso de nada mais, só um estetoscópio", diz Amaia Foces.

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Para ela, que vai para o município de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, a expectativa é de ajudar a população que mais precisa de assistência. "Eu estou entusiasmada com a paixão do pessoal da saúde aqui, da assistência básica, a emoção que eles estão colocando, os esforços de melhorar a saúde, eles estão perto da população", disse.

Participantes do programa Mais Médicos visitaram o Centro de Diagnóstico por Imagem, no Rio de Janeiro
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

Amaia faz parte do grupo de 12 médicos, com diploma no exterior, que vai atuar no Estado do Rio de Janeiro. Após as quatro semanas de curso, os profissionais passaram por mais uma semana de ambientação para conhecer os equipamentos da rede estadual. A superintendente de Atenção Básica da Secretaria de Estado de Saúde, Andrea Mello, explica que, desde segunda-feira, os médicos assistem a palestras e fazem visitas às unidades.

A visita desta quinta-feira foi ao Centro de Diagnóstico por Imagem. Na próxima segunda-feira (23), os profissionais chegam aos municípios, onde passam por nova ambientação e começam a atender a população.

No Rio de Janeiro, 69 municípios aderiram ao programa, solicitando 506 médicos. Na primeira etapa, foram 72 médicos alocados em 29 municípios, entre eles 12 estrangeiros.

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ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Agência Brasil
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