Manifestantes contra o presidente Jair Bolsonaro realizaram atos em várias capitais brasileiras neste sábado, pedindo a sua saída, bem como criticando a gestão da pandemia pelo governo federal e exigindo uma aceleração no ritmo de vacinação contra a Covid-19, entre outras demandas.
Os protestos foram convocados em todas as regiões do país por movimentos sociais, entidades estudantis, partidos políticos, centrais sindicais e até mesmo torcidas organizadas.
Entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e o coletivo Democracia Corinthiana, além de integrantes de partidos como PSOL e PT, haviam divulgado a realização dos este sábado em sites e redes sociais.
Nas manifestações podiam ser vistas muitas faixas e cartazes com palavras de ordem e a citação "Fora Bolsonaro", "Fora Genocida" e "Impeachment Já". Um boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a faixa presidencial também apareceu no Rio de Janeiro.
Na capital fluminense, centenas de pessoas começaram a se concentrar logo cedo em frente ao monumento de Zumbi dos Palmares e saíram em caminhada pelas ruas do centro da cidade. O assassinato da vereadora Marielle Franco e as mortes de moradores de favelas em operações no Rio foram lembrados.
"É um dever, de quem luta pela democracia e acredita que esse governo não nos serve mais, não serve ao povo e tem como projeto político nos matar. A gente veio para a rua porque não teve alternativa", afirmou a vereadora Mônica Benicio (PSOL-RJ), viúva de Marielle Franco, assassinada em 2018.
O carro de som que acompanhava a manifestação no Rio pedia para as pessoas usarem máscara e não se aglomerarem , mas as concentrações foram inevitáveis. Em várias cidades, a percepção era de que a maioria dos participantes usava máscaras.
Em Brasília, os manifestantes caminharam pela Esplanada dos Ministérios, em clima pacífico, sem confusões. Chamou a atenção a imagem do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, vestido com uma camiseta da seleção brasileira de futebol dançando em meio aos protestos na capital federal.
Mas nem todos os atos foram tranquilos. Em Recife, segundo o portal G1, durante o ato, a Polícia Militar atirou balas de borracha e gás lacrimogênio contra os participantes. A manifestação terminou por volta das 13h.
Também houve atos em Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Belém (PA), João Pessoa (PB), Salvador (BA), Aracaju (SE), Maceió (AL), Teresina (PI), Recife (PE), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e São Luís (MA), segundo o portal UOL. Em São Paulo, a previsão era de que protestos ocorram nesta tarde.