A bancada do MDB no Senado irá se reunir no dia 29 deste mês para discutir a candidatura de um de seus integrantes à presidência da Casa pelos próximos dois anos, informou a líder do partido, Simone Tebet (MS) em nota.
Por se tratar da maior bancada da Casa, o MDB tem preferência na indicação de um nome para comandar a Casa, mas não são impedidas candidaturas de outras legendas.
Dentro do partido já foram ventilados alguns nomes para a disputa, como o da própria Tebet, o do senador Eduardo Braga (AM), e de Fernando Bezerra Coelho (PE).
Mas o nome com mais peso da bancada é o do senador Renan Calheiros (AL), em campanha aberta pelo posto já desde o ano passado. O parlamentar enfrenta certa resistência entre aliados do governo, mas tem desenhado um alinhamento à nova gestão, apesar da candidatura ao posto do deputado federal e senador eleito Major Olímpio (PSL-SP).
Em entrevistas recentes vêm prometendo apoio à reforma da Previdência, carro-chefe da área econômica do governo, e publicou na terça-feira, no Twitter, declaração favorável ao ministro da Economia.
"Ministro Paulo Guedes tem razão: o controle e a transparência do gasto público têm que haver sempre. Eis a nossa convergência", afirmou o senador.
O perfil de Renan também traz críticas ao seu principal desafeto, Tasso Jereissati (PSDB-CE), outro nome colocado para a disputa pelo cargo. Outro alvo do parlamentar por Alagoas é o senador Lasier Martins (PSD-RS), também interessado em concorrer ao comando da Casa.
Lasier provocou o Supremo Tribunal Federal (STF) a opinar sobre a votação para a presdiência do Senado. O ministro da corte Marco Aurélio decidiu, em caráter liminar, que a disputa deveria ocorrer por meio de votação aberta, em que seriam conhecidos os votos dos senadores, decisão com forte impacto na candidatura de Renan.
A decisão, no entanto, foi revertida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que derrubou a liminar e determinou que a escolha do novo presidente ocorrerá por votação secreta, como prevê o regimento interno do Senado.
Outro nome que circula como possível candidato é o do senador David Alcolumbre (DEM-AP).