Após três semanas de cursos em universidades selecionadas pelo Brasil, candidatos estrangeiros ou brasileiros sem registros para atuar no País passarão nesta sexta-feira por um exame de avaliação em língua portuguesa. Somente os aprovados seguirão para as capitais dos Estados em que atuarão ao longo do programa.
"Quem for reprovado, não pode participar do programa. Quem for reprovado é desligado do programa. Alguns profissionais podem ter uma avaliação dos professores nas universidades em que eles podem ter tempo maior de aprimoramento", explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Segundo o ministro, o exame a ser aplicado pelo Ministério da Educação prevê três resultados possíveis: aprovado, reprovado e em recuperação. Só quem for aprovado seguirá para os Estados. "Quem tiver a necessidade de um tempo maior de aprimoramento também não vai para atender a população, não vai começar a etapa nas unidades e postos de saúde", explicou Padilha. "Aqueles que sejam reprovados são desligados do programa, não poderão participar nem atender nas unidades", acrescentou o ministro.
Durante o curso de adaptação à realidade brasileira, os profissionais passaram por outras avaliações e na prova de hoje simularão atendimento, preenchimento de prontuário e redação de relatório a superiores, atividades que serão recorrentes em sua rotina. Segundo o ministro da Saúde, a competência médica não está em discussão uma vez que critérios como experiência e autorização para atuar em seus países de origem já foram requisitos para participar do programa.
Os médicos aprovados no curso seguirão para os Estados já neste fim de semana e ainda terão mais uma semana de adaptação nas capitais, segundo o ministro da Saúde, "para conhecerem hospital de referência, conhecer melhor doenças típicas daquele Estado".
ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS' |
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa. |
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais. |
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma |
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios. |
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS). |