Mesmo sem indícios de fraudes, Bolsonaro volta a questionar urnas eletrônicas

16 nov 2020 - 10h54

O presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas e do sistema de votação brasileiro, apesar dos órgãos oficiais não terem registrado nenhum indício de fraudes ou problemas do tipo nas eleições municipais deste domingo.

09/11/2020
REUTERS/Adriano Machado
09/11/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira, Bolsonaro afirmou que o país precisa "de um sistema de apuração que não deixe dúvidas".

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"Tem que ser confiável e rápido. Não deixar margem para dúvidas", acrescentando que apenas o Brasil usa urnas eletrônicas, o que não é verdade.

No domingo, depois de um atraso no sistema de totalização dos dados pelo Tribunal Superior Eleitoral, somado a resultados desfavoráveis à extrema-direita em praticamente todos os Estados, bolsonaristas começaram a questionar o sistema nas redes sociais, levantando hashtags que falavam abertamente de fraude.

Uma das deputadas mais fiéis a Bolsonaro, Carla Zambelli (PSL-SP), mostrou sua incredulidade com os resultados em um post no Twitter em que também levantava a hipótese de fraude.

"O que houve com os conservadores? Erramos, nos pulverizamos ou sofremos uma fraude monumental", escreveu Zambelli.

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O questionamento do sistema de urna eletrônica é feito constantemente por Bolsonaro e seus apoiadores. Em março, o presidente chegou a dizer, em Miami, que teria provas de que havia vencido a eleição de 2018 no primeiro turno. As provas nunca foram apresentadas.

"Se não tivemos uma forma confiável de apurar as eleições a dúvida sempre vai permanecer", disse Bolsonaro.

"No meu caso eu estou sempre ouvindo a população e eles querem um sistema de apuração que possa demorar um pouco mais, não tem problema, mas que seja garantido que o voto que essa pessoa deu vá para aquela pessoa realmente de fato."

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