Ministério da Saúde desliga médica cubana do programa Mais Médicos

Ramona trabalhava no município paraense de Pacajá, mas deixou o programa por não concordar que profissionais cubanos recebam US$ 400 enquanto demais participantes têm salário de R$ 10 mil

12 fev 2014 - 13h00
(atualizado às 13h00)
A médica cubana Ramona Matos Rodrigues, que abandonou o Programa Mais Médicos, disse que soube quanto iria receber três dias antes de embarcar para o Brasil
A médica cubana Ramona Matos Rodrigues, que abandonou o Programa Mais Médicos, disse que soube quanto iria receber três dias antes de embarcar para o Brasil
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Uma portaria do Ministério da Saúde publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União cancelou o registro e desligou a cubana Ramona Rodriguez do programa Mais Médicos. Com o cancelamento do registro, a cubana fica impedida de exercer medicina no Brasil até que revalide seu diploma.

Ramona trabalhava pelo Mais Médicos no município paraense de Pacajá, mas deixou o programa por não concordar que profissionais cubanos recebam US$ 400 (aproximadamente R$ 960) enquanto os demais participantes têm salário de R$ 10 mil.

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Na terça-feira, a Associação Médica Brasileira (AMB) contratou Ramona para exercer função administrativa na entidade, com salário de R$ 3 mil, além de vales-transporte e refeição e plano de saúde. Ao todo, a remuneração ficará em torno de R$ 4 mil.

Também ontem, o Ministério da Saúde informou que vai notificar 89 profissionais do Mais Médicos que deixaram de comparecer às unidades de atendimento à qual foram destinados. Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, os médicos terão 48 horas para manifestar se permanecem ou deixam o programa. Caso não cumpram o prazo, eles serão desligados.

A pasta deve divulgar nesta quinta-feira conjunto de regras para deixar claro o processo de abandono do programa, especificando como o município deve notificar o ministério e prazos para formalizar a desistência.

Atualmente, o Mais Médicos conta com a atuação de 6.658 profissionais em 2.166 municípios e em 28 distritos indígenas. Com o encerramento do período de acolhimento dos médicos da terceira etapa, o programa deve receber mais 2.890 profissionais. A meta é chegar a 13 mil médicos até março.

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Agência Brasil
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