Moro diz que troca de comando da PF é interferência política e quebra promessa de carta-branca

24 abr 2020 - 11h38

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse nesta sexta-feira que a decisão do presidente Jair Bolsonaro de trocar o comando da Polícia Federal representa uma interferência política no órgão e desfaz a promessa que recebeu de carta-branca.

Ministro Sergio Moro
24/04/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
Ministro Sergio Moro 24/04/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Moro convocou o pronunciamento para pedir demissão, de acordo com uma fonte, após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, por Bolsonaro, publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta.

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Moro disse em seu pronunciamento que desde o período da Lava Jato sempre se preocupou com a possibilidade de interferência política na PF.

O ministro disse lamentar ter de tomar uma decisão durante a pandemia de coronavírus, mas disse que era "inevitável".

Moro havia imposto como condição para permanecer no governo que pudesse discutir com Bolsonaro o nome do sucessor de Valeixo à frente da PF, o que não aconteceu, de acordo com uma fonte com conhecimento da decisão do ministro de deixar o governo.

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