Motoristas de van escolar protestam contra prefeitura em SP

21 jan 2016 - 09h30
Motoristas de vans do Transporte Escolar Gratuito (TEG) realizam carreata pela Rua da Consolação em São Paulo (SP), em protesto na manhã desta quinta-feira (21).
Motoristas de vans do Transporte Escolar Gratuito (TEG) realizam carreata pela Rua da Consolação em São Paulo (SP), em protesto na manhã desta quinta-feira (21).
Foto: Peter Leonefutura Press

Motoristas de vans escolares que trabalham para a prefeitura de São Paulo realizaram uma carreata na manhã desta quinta-feira (21) contra a alteração de regras no modelo de contratação do serviço. Cerca de 500 veículos, de acordo com a liderança, deixaram as proximidades do estádio do Pacaembu às 8h e seguiram em direção à prefeitura.

O presidente da Associação Regional de Transporte Escolar de São Paulo (Artesul), Jorge Formiga, disse que o objetivo é conseguir uma reunião com o prefeito Fernando Haddad. De acordo com ele, o novo modelo implica perda no valor recebido pelos motoristas, o que torna a prestação do serviço inviável.

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Atualmente, quem presta serviço à prefeitura para transportar crianças recebe entre R$ 3 mil e R$ 5 mil pelo aluguel da van, dependendo do estado do veículo, R$ 0,30 por quilômetro rodado, além de R$ 40 por criança transportada. No total, os motoristas ganham, em média, R$ 7,5 mil mensais e são responsáveis por arcar com os custos de combustível e manutenção da van.

A nova proposta é oferecer um valor fixo apenas por criança transportada, em torno de R$ 150, o que baixaria para cerca de R$ 4 mil o valor recebido mensalmente pelos motoristas. “E eles não garantem a demanda. Se tiver carro com capacidade para 18 crianças, passam só 10 e o resto tem que correr atrás de particular”, criticou Jorge Formiga.

Concorrência

Ele reclama que esse modelo de contratação vai criar concorrência com motoristas particulares. “Não tem condição de trabalhar assim, vão pôr a gente para brigar com os condutores particulares. Estamos nessa carreata também com os condutores particulares participando. Todo mundo junto contra esse modelo de contratação que eles estão propondo.”

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A Agência Brasil entrou em contato com a prefeitura, mas não recebeu resposta.

Agência Brasil
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