Mourão diz que governo poderia ter sido melhor na pandemia

Vice-presidente admite que as diretrizes sobre isolamento deveriam ter sido mais claras

4 dez 2020 - 18h33
(atualizado às 19h05)

O vice-presidente Hamilton Mourão admitiu nesta sexta-feira que o governo poderia ter dado diretrizes mais claras sobre o isolamento e as medidas sanitárias por conta da pandemia de Covid-19, mas criticou o que considera uma "paixonite política" em torno do tema.

Vice-presidente Hamilton Mourão
16/09/2020
REUTERS/Adriano Machado
Vice-presidente Hamilton Mourão 16/09/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Para o vice-presidente, o governo poderia ter feito orientações formais a Estados e municípios.

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"Foi uma falha nossa. Nós poderíamos ter feito uma diretriz. Fizemos isso de forma informal, uma disseminação de melhores práticas, mas poderia ter abordado outros aspectos, como tipos de isolamento", disse, destacando as medidas tomadas pelo governo para combater os efeitos econômicos da crise do coronavírus.

"Dentro deste mundo que estamos vivendo, do tribalismo excessivo, houve uma paixonite política em cima disso. Desde os aspectos mais simples: é isolamento total, é vertical, é hidroxicloroquina, não é hidroxicloroquina, é vacina da China, não é vacina da China. Algo totalmente desproporcional, ineficaz e prejudicial às necessidades que o país tinha de como combater a pandemia", reconheceu.

O vice-presidente negou que teria restrições a ser imunizado com qualquer uma das vacinas em estudo no Brasil, desde que certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Eu tomo qualquer vacina desde que seja certificada pela Anvisa", garantiu.

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A vacina Coronavac tem sido alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro. O desenvolvimento do imunizante é tocado pela chinesa Sinovac, em parceria no Brasil com o Instituto Butantan, vinculado ao governo do Estado de São Paulo. O presidente trava uma guerra política com o governador paulista, João Doria (PSDB).

Em outubro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a anunciar, acompanhado de governadores, a compra da potencial vacina da Sinovac contra a Covid-19. Mas a decisão foi desautorizada por Bolsonaro no dia seguinte.

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