O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) abriu inquérito civil para investigar os danos ambientais decorrentes do incêndio nos tanques de armazenagem da empresa Ultracargo, no bairro da Alemoa, na cidade de Santos. O incêndio entrou nesta terça-feira (7) no sexto dia. A área continua isolada, porque o fogo ainda atinge dois tanques de gasolina. Os bombeiros trabalham desde a última quinta-feira (2) sem interrupção.
O documento divulgado pelo MP solicita cópias do licenciamento ambiental do terminal da Ultracargo e ainda “de eventuais autos de infrações lavrados nos últimos cinco anos, bem como daqueles decorrentes do evento em questão” emitidos pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) do estado de São Paulo.
As prefeituras de Santos, São Vicente e Cubatão deverão apresentar informações detalhadas sobre as providências adotadas por causa do incêndio e também cópia de eventuais autos de infrações.
Empresas localizadas no entorno do incêndio deverão fornecer cópia das imagens registradas por câmeras de segurança internas e externas, no dia 2 de abril, no horário das 6h às 13h.
O MP alega que a fumaça resultante do incêndio pode ser tóxica, o que traz riscos às pessoas que vivem perto do local, como os bairros de Alemoa, Saboó, Piratininga e Casqueiro. “Sem se falar no risco a que foram submetidos também os bombeiros e demais equipes escaladas para o combate ao incêndio”, acrescenta o documento.
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Segundo o Ministério Público, o fogo pode ter provocado ainda alteração da qualidade das águas na região, devido à necessidade de drenar grande volume de água contaminada com derivados de petróleo. De acordo com o MP, “os rios e o canal do Estuário de Santos já sentiram os primeiros reflexos negativos do incêndio ainda não controlado, com o aparecimento, em diversos pontos, de grande quantidade de peixes mortos”.
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A prefeitura de Santos informou, em nota, que a Cetesb já recolheu alguns peixes que apareceram mortos no Rio Casqueiro e também amostras de água em cinco pontos diferentes para análise laboratorial, mas ainda não há resultados. A análise vai verificar a causa da morte dos peixes e se houve alteração da composição química da água do rio devido ao incêndio.
Sobre a qualidade do ar, a Cetesb informou, no fim da tarde desta segunda-feira (6), que suas estações de monitoramento em Santos não detectaram aumento significativo na concentração de poluentes no município em razão do incêndio. As estações estão localizadas em um raio de 6 a 10 quilômetros do local do incêndio.
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Para uma avaliação mais precisa, a companhia instalou um medidor móvel a 3 quilômetros do local atingido pelo fogo. A medição está em curso e ainda não há resultados.
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Sobre o inquérito do MP, a Ultracargo respondeu, em nota, “que continuará colaborando ativamente com os trabalhos de todos os órgãos e autoridades envolvidas na questão”.
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Um incêndio de grandes proporções atingiu tanques de gasolina e etanol de uma empresa em Santos, litoral de São Paulo, na manhã desta quinta-feira
Foto: Jéssica Cagliari
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Chamas bem altas se espalharam para outros tanques
Foto: Delamonica
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Bombeiros enfrentam dificuldade para combater o fogo
Foto: Delamonica
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Local fica próximo à rodovia Anchieta
Foto: Delamonica
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Fogo consome tanques de combustíveis em Santos
Foto: Luiz Santos
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Navio Fleury foi usado para combater o fogo
Foto: @BombeirosPMESP
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O fogo e a fumaça do incêndio na Ultracargo puderam ser observados a quilômetros de distância
Foto: Luiz Santos
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Segundo os bombeiros, a embarcação tira a água do mar
Foto: @BombeirosPMESP
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Fogo atinge tanque de combustível da empresa Ultracargo
Foto: Marcelo Bonafin
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Fumaça pôde ser vista de longe no litoral sul de São Paulo
Foto: Marcelo Bonafin
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Fumaça preta tomou conta do céu
Foto: Jéssica Cagliari
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Todos os funcionários da empresa foram retirados do local com segurança
Foto: Marcio Tovar
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A área de isolamento chega a cinco mil metros
Foto: Marcelo Bonafin
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Por conta do incêndio, a concessionária que opera o Sistema Anchieta-Imigrantes bloqueou o acesso ao Viaduto da Alemoa
Foto: João Miguel Gonçalves
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Incêndio atinge tanques de combustível da empresa Ultracargo, na área industrial da Alemoa, em Santos (SP)
Foto: delamonica/Futura Press
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Um dos tanques que explodiu estava carregado com 3 milhões de litros de óleo diesel, o que dificulta o serviço e pode fazer com que as chamas durem ainda alguns dias
Foto: delamonica/Futura Press
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Apesar de o incêndio ser de grandes proporções, ninguém ficou ferido
Foto: delamonica/Futura Press
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Na sexta-feira (03), o fogo chegou ao quinto tanque com mais de seis milhões de litros de combustível
Foto: delamonica/Futura Press
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O Corpo de Bombeiros manteve a operação iniciada no dia anterior, mas não conseguiu controlar as chamas
Foto: Márcia Campos
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Oincêndio já atingiu cinco tanques e que os trabalhos seguem ininterruptos
Foto: delamonica/Futura Press
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Em razão do fogo, a concessionária que opera o Sistema Anchieta-Imigrantes bloqueou o acesso ao Viaduto da Alemoa
Foto: delamonica/Futura Press
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Os bombeiros acreditam que os trabalhos podem demorar até quatro dias para ser encerrado
Foto: delamonica/Futura Press
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No início da tarde deste sábado, uma grande quantidade de fumaça ainda podia ser observada a distância
Foto: Marcio Tovar
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Imagem registrada na Ilha Barnabé, na região do Porto de Santos, mostra fumaça saindo dos tanques incendiados
Foto: Luiz Santos
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Na terça-feira (7), peixes mortos fortam encontrados no canal do Porto de Santos; coleta realizada nos rios mostrou que o teor de oxigênio dissolvido e a temperatura da água são prejudiciais para a vida aquática
Foto: Luiz Santos
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De longe, ainda é possível acompanhar proporção das chamas em Santos